
Maputo, 26 Abr (AIM) – O governo norte-americano, através do projecto “O Nosso Futuro Brilhante”, vai investir 1,5 milhões de dólares (cerca de 94,9 milhões de meticais) até Setembro de 2025 para a aquisição de géneros alimentícios, para 72 mil crianças na província de Maputo, em Moçambique.
A informação foi expressa na tarde desta quarta-feira, na Escola Primária de Kufa, distrito de Matutuíne, pela directora do projecto da Counterpart International, Katia dos Santos Dias, no lançamento da campanha “Alimentação Escolar para todos”.
Dias explica a importância do projecto, afirmando que a falta de alimentação impacta negativamente no desempenho escolar das crianças, pelo que a iniciativa vai ajudar esta camada a alcançar bons resultados escolares.
“A insegurança alimentar tem impacto na frequência, nível de absentismo, rendimento escolar e qualidade de ensino e aprendizagem de crianças em idade escolar, pelo que intervenções como alimentação escolar tornam-se mais relevantes para o alcance de resultados positivos no sector da educação em Moçambique”, disse.
Segundo a fonte, 34 por cento da população ainda sofre de insegurança alimentar e, deste número, 10 por cento está numa insegurança alimentar aguda, “em níveis de crise e emergência”.
A maioria da população afectada é composta por crianças menores de cinco anos, das quais 38 por cento sofre de desnutrição crónica
Por sua vez, o embaixador dos Estados Unidos da América, Peter Vrooman, apontou a falta de fundos como sendo o grande desafio existente para a expansão do programa para todos os distritos do país.
“Eu penso que é uma questão de financiamento. O grande desafio é a questão de orçamento para este tipo de programa”, observou o diplomata.
Desde 2007 a esta parte, os EUA já investiram em Moçambique cerca de 200 milhões de dólares em projectos ligados à redução de fome nas escolas.
“O Nosso Futuro Brilhante” enquadra-se no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PRONAE), uma iniciativa do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), que é implementada desde 2013 para o combate à desnutrição em Moçambique.
(AIM)
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