
Maputo, 26 de Abr. (AIM) – O sector da saúde registou cerca de 12 milhões de episódios de malária em Moçambique no ano de 2022, contra pouco mais de 10 milhões registados em igual período de 2021.
Para conter a progressão da malária ao nível do país, o governo continua a apostar nas medidas de prevenção, tais como distribuição de redes mosquiteiras, entregues durante as consultas pré-natais; pulverização intra-domiciliarIa, administração de medicamentos, entre outras.
Segundo o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, estas e outras acções estão a contribuir para a redução da taxa de letalidade da malária, apesar de prevalecer ainda um número elevado de casos.
“Com essas medidas foi possível reduzir, por exemplo em 2022, a taxa de letalidade para 1,3 contra 1,5 por cento registados em 2021”, disse.
“A prevalência de um elevado número de episódios de malária no nosso país interpela-nos para uma reflexão mais profunda sobre as acções mais concretas que devemos implementar e reforçar de modo a acabar com esta doença”, acrescentou.
Para o governo, uma das acções fundamentais é garantir a melhoria contínua do acesso ao serviço de saúde nos diferentes níveis, o que requer a mobilização de recursos para investimento adicional, de forma a assegurar a materialização dos compromissos assumidos pelo governo e parceiros de cooperação.
“Outra vertente que consideramos importante no combate à malária é a inovação que nos remete a necessidade de continuarmos a apostar na investigação e na adopção de estratégia de combate a esta doença baseada em evidências científicas, assim como na realidade sociocultural e económica do nosso país”, disse o governante hoje, em Maputo, durante o lançamento do Plano Estratégico – Malária 2023-2030, enquadrado no âmbito das celebrações do Dia Mundial Contra a Malária.
Sobre o referido documento, Maleiane diz que se trata de um instrumento orientador que se enquadra nos esforços que o governo tem vindo a desenvolver, em parceria com os parceiros de cooperação, com destaque para a expansão de redes sanitárias, formação, capacitação e colocação de mais profissionais de saúde a todos níveis.
“No próximo ano, iremos introduzir a vacina contra a malária, em alguns distritos e fazer, posteriormente, a expansão do uso da vacina como mais uma ferramenta de prevenção desta doença”.
Com a implementação desta e de outras medidas, o governo espera, entre reduzir a incidência nacional de malária de 329 casos por 1.000 habitantes em 2022, para 216 por mil habitantes em 2030; reduzir a mortalidade hospitalar nacional de malária de 1,3 por 100.000.00 habitantes em 2022, para 0,77 mortes para o mesmo número de habitantes em 2030.
(AIM)
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