Matola (Moçambique), 27 Abr (AIM) – A Agência de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP), uma organização não governamental (ONG) que opera em Moçambique, investiu no ano passado cerca de 36,2 milhões de dólares em projectos de saúde, educação, nutrição, ambiente entre outros.
O montante serviu para providenciar assistência humanitária a mais de seis milhões de pessoas, incluindo jovens, mulheres e crianças residentes nas cidades e zonas rurais do país.
A assistência humanitária, segundo a directora executiva da ADPP, Birgt Holm, foi possível graças ao apoio do governo e dos parceiros de cooperação, tais como Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, (USAID), União Europeia (UE), Banco Mundial, Fundo Global de Luta Contra Sida, Tuberculose e Malária.
“Em 2022, a ADDP investiu 36,2 milhões de dólares em projectos de educação, saúde e agricultura em Moçambique”, disse Holm, esta quinta-feira (27), em conferência de imprensa, havida na cidade da Matola, província meridional de Maputo, alusiva aos 30 anos da criação das Escolas de Professores do Futuro (EPFs), acto que coincidiu com o lançamento do Relatório Anual da organização.
A nossa organização está empenhada em operar dentro do quadro de responsabilidade e transparência contínua para assegurar uma maior responsabilização entre os parceiros e os receptores de apoio dos doadores”, acrescentou.
No encontro, a directora da EPF na província de Manica, região centro, Conceição Sozinho, sublinhou que desde a criação das EPFs, em 1993, foram formados 24.342 professores, dos quais 955 formados no ano passado.
No total, beneficiaram dos programas de educação daquela agremiação, cerca de 4.653 alunos, incluindo 550 com necessidades especiais.
“A educação é a base do desenvolvimento da sociedade e da preparação das novas gerações para um futuro mais promissor. Por isso, desde a abertura das EPFs formamos mais de 24.342 professores de escolas primárias em 11 escolas divididas em todo país”, anotou.
“Os estudantes que se formam como professores de escolas primárias são educadores apaixonados e capazes de liderar iniciativas de desenvolvimento comunitário nas áreas rurais onde a maior parte deles trabalham”, sublinhou.
Em relação a educação inclusiva, o relatório indica que agremiação alcançou 47.090 crianças em 107 escolas primárias das províncias de Manica, Sofala e Zambézia, no centro, das quais 550 são deficientes.
Segundo a fonte, em colaboração com organizações locais de pessoas com deficiência, foram identificadas e mobilizadas 140 crianças que estavam fora da escola, e foram formados 577 professores em matérias de educação inclusiva.
Fundada em 1982, a ADPP é uma organização que tem como objectivo fornecer e promover educação de qualidade, saúde e bem-estar e agricultura sustentável e protecção do meio ambiente.
(AIM)
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