
Maputo, 27 de Abr (AIM) – A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) pretende elevar a sua relevância na economia nacional, ampliando o acesso ao mercado, através de provisão de informação essencial que facilite transacções de títulos de acções, obrigações e valores mobiliários entre empresas, tornando o mercado de capitais num dos principais barómetros da economia.
Para a materialização do desiderato, o governo moçambicano decidiu, na sua última sessão do Conselho de Ministros, transformar a BVM numa sociedade anónima, o que significa que, transita juridicamente para uma condição de instituto de utilidade pública, ganhando uma maior autonomia e flexibilidade para actuar no mercado, no quadro das medidas de aceleração económica.
A visão foi tornada pública hoje, em Maputo, pelo presidente do Conselho de Administração da BVM, Salim Valá, durante uma acção de capacitação de jornalistas em matérias de mercado de capitais.
“Queremos trazer informação vital para o funcionamento transparente para que os empresários e investidores tenham percepções que geram expectativas que, por sua vez, levam a tomada de decisões. Queremos proteger os investidores através da criação de mecanismos que protejam e tornem o mercado de capitais um barómetro da economia tal como acontece em outros países”, disse o PCA da BVM.
Explicou que com esta evolução legal a BVM vai assegurar o alargamento da base dos investidores e das alternativas de financiamento, gerando confiança as empresas cotadas na instituição e criar maior desenvolvimento económico e social.
“Quanto mais robusta for a BVM mais vai estimular o mercado de capitais, tendo em conta que a oscilação dos preços dos títulos reflecte a situação económica do país”, salientou.
Segundo a fonte a BVM conta actualmente apenas com 13 empresas cotadas em bolsa. Por isso, ainda está longe de ser um elemento decisivo para a economia, apesar de ter alcançado este ano uma capitalização de 25 por cento, representando um crescimento na ordem de 15 pontos percentuais, partindo do pressuposto de que em 2015 a capitalização da bolsa era de 10 por cento.
A bolsa pretende alterar o cenário actual em que empresas nacionais e os empresários ignoram financiamentos no mercado de capitais, perdendo dessa forma a oportunidade de buscar investimentos com taxas de juro mais reduzidas comparativamente aos bancos comerciais.
(AIM)
PC/sg