
Maputo, 27 Abr (AIM) – A União Europeia (UE) mantém-se empenhada em apoiar Moçambique a enfrentar os desafios humanitários existentes.
A garantia foi anunciada pelo Director-Geral Adjunto para as Operações de Protecção Civil e Ajuda Humanitária da UE, Michael Koehler, citado num comunicado de imprensa daquela organização enviado à AIM.
O anúncio da manutenção do apoio humanitário segue-se à visita de trabalho por ele efectuada, ao país, entre 24 e 26 de Abril corrente.
Koehler escalou a cidade de Pemba, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, onde se reuniu com as autoridades locais e manteve encontros em Maputo com entidades governamentais.
Destaque vai para o encontro com a presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, a quem reiterou que o apoio às pessoas afectadas pela violência no norte de Moçambique é uma prioridade humanitária para a UE.
Na ocasião, Koehler manifestou a sua preocupação com a terrível situação humanitária no norte do país e apelou ao respeito pelo Direito Internacional Humanitário, “crucial para assegurar que as organizações humanitárias realizem o seu trabalho num ambiente seguro e façam chegar a assistência às populações que dela mais necessitam.”
“Em Cabo Delgado, Koehler visitou o campo de deslocados internos em Metuge; interagiu com pessoas beneficiárias de assistência, com as organizações que fornecem serviços de protecção, abrigo e artigos não alimentares, serviços de saúde, água potável, saneamento e higiene (água e saneamento), assistência alimentar e serviços de nutrição, logística, e educação em situações de emergência”, refere o comunicado.
Reiterou a sua preocupação com a situação humanitária no norte de Moçambique e sublinhou a necessidade de mais esforços contra as causas profundas da violência armada como caminho para soluções duradouras para a crise.
“As necessidades humanitárias em Moçambique são elevadas, com cerca de dois milhões de pessoas a precisarem urgentemente de assistência. A União Europeia renovou o seu financiamento humanitário global para Moçambique para 2023, atribuindo 25 milhões de euros para ajudar, principalmente, as pessoas afectadas pela violência armada em Cabo Delgado”, disse.
Acrescentou que o financiamento será também canalizado para a preparação contra catástrofes, uma vez que Moçambique é um dos países mais vulneráveis às mudanças climáticas.
“Recentemente, a União Europeia aprovou 1,5 milhão de euros de fundos humanitários para apoiar, em todo o país, as pessoas gravemente afectadas pelo ciclone tropical Freddy”, aponta.
O Chefe da Delegação da UE em Moçambique, Embaixador Antonino Maggiore, fez parte desta visita a Cabo Delgado e de perto acompanhou de perto os resultados da abordagem integrada da UE.
Esta “abordagem integrada” contribui para a resposta às necessidades multi-dimensionais das populações afectadas pela violência, o que significa, na prática, “que a União Europeia define e implementa, a curto, médio e longo prazo, acções humanitárias, de desenvolvimento, de consolidação da paz e de segurança, com observância do direito humanitário internacional, dos direitos humanos e dos princípios do Estado de direito democrático.”
(AIM)
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