Maputo, 27 Abril (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, defende que o acesso à água constitui um indicador de inclusão e justiça social, principalmente no actual contexto de mudanças climáticas.
Nyusi falava na manhã desta quinta-feira (27), no posto administrativo de Zinhane, distrito de Chigubo, província meridional de Gaza, durante a inauguração de um sistema de abastecimento de água, no âmbito do Programa Água para a Vida (PRAVIDA) e do Programa Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento Rural (PRONASAR).
O sistema, orçado em 30 milhões de meticais (469 mil dólares no câmbio actual), tem capacidade para abastecer mais de três mil habitantes. O projecto conta igualmente com o apoio de certa de 500 mil libras esterlinas desembolsadas pelo governo britânico.
“Temos que poupar. Com as mudanças climáticas, a água torna-se cada vez mais escassa. É preciso saber lidar com a torneira para que não desperdicemos água, devemos usá-la de forma consciente”, disse o estadista, sublinhando que o sistema de abastecimento de água, nesta localidade, chega numa altura em que algumas zonas do país se debatem com um surto de cólera.
“Há custos operacionais, por isso devemos poupar a água, principalmente no actual cenário de mudanças climáticas”, acrescentou.
O Presidente alertou ainda para a prevenção de doenças hídricas, explicando que o uso consciente de água pode evitar a propagação de casos de cólera a nível do distrito de Chigubo.
“Por isso, devemos saber como usar a água para que a cólera não chegue a Zinhane”, disse, alertando que “deve-se evitar a vandalização de infra-estruturas para o bem das nossas populações.”
De acordo com Nyusi, o limitado acesso a infra-estruturas de qualidade reduz a capacidade de desenvolvimento socioeconómico, “torna as zonas rurais mais vulneráveis. Este sistema pode não beneficiar um grande número de pessoas, mas a sua ausência pode constituir motivo de migração das pessoas para outras zonas do país, particularmente para as cidades.”
De acordo com o estadista, as desigualdades entre as zonas rurais e urbanas, em termos de acesso à água, constituem uma realidade “mas o Governo tudo fará para encontrar um equilíbrio.”
(AIM)
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