
Maputo, 28 Abr (AIM) – O Banco de Moçambique (BM) e o Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM) juntam esforços para prevenir e combater o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo no país.
Com efeito, as duas instituições assinaram, esta sexta-feira, em Maputo, um memorando de entendimento tendo em vista a partilha de informação, nestas matérias.
O memorando foi assinado pela administradora do BM, Benedita Guimino, e pela presidente do conselho de administração (PCA) da ISSM, Ester José.
Discursando na ocasião, Ester José sustentou tratar-se de um instrumento que vai contribuir para monitorar os bancos e seguradoras face ao crime em Moçambique.
“Com a assinatura do presente memorando de entendimento, as partes reforçam a cooperação na supervisão de instituições financeiras bancária e de seguros, com o intuito de melhorar a sua actuação face às ameaças de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo, promovendo a estabilidade e a integridade do sistema financeiro do país”, referiu.
Segundo a PCA, a curto e médio prazo, para além de combater o crime, este mecanismo vai ajudar na produção de estatísticas, capacitação de quadros, pesquisa e coordenação de políticas sobre a estabilidade financeira.
Exortou ao BM a “aprimorar os seus métodos de regulação e supervisão do mercado de seguros, a facilitar os processos ‘off-site e on-site’, o licenciamento dos operadores de seguros e gestão da base de dados, para a prevenção dos crimes de branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.”
Por sua vez, a administradora do BM reconheceu a relevância do instrumento no combate aos fluxos de capitais ilícitos, financiamento ao terrorismo, pelo que vai auxiliar na regulação do sistema financeiro nacional.
“Estamos confiantes de que este acto contribuirá para o reforço da nossa actuação, como reguladores e supervisores do sistema financeiro, na detecção e monitoria das operações suspeitas”, disse.
Guimino defendeu que o instrumento vai concorrer”’para melhorar a resposta aos desafios actuais, bem como o processo de implementação do plano de acções para a remoção de Moçambique da Lista Cinzenta do Grupo de Acção Financeira.”
A ser implementado, o memorando de entendimento vai ajudar na regulação e monitoria do sector financeiro do país bem como o acompanhamento de novas dinâmicas tecnológicas e desafios.
(AIM)
Custódio Cossa/dt