Maputo, 02 Mai (AIM) – O governo moçambicano convidou hoje (02) os empresários japoneses a participarem no processo de industrialização do país e, deste modo, colher os benefícios daí resultantes.
O convite foi formulado pelo ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, durante o Fórum de Negócios Moçambique-Japão.
O evento, que teve lugar hoje, em Maputo, acontece na véspera da visita do primeiro-ministro nipónico a Moçambique, Fumio Kishida, e contou com a presença de empresários de ambos os países e do ministro de Estado dos Negócios Estrangeiros, Kenji Yamada.
“Através do Programa Nacional Industrializar Moçambique, gostaríamos de convidar os empresários do Japão para investir na implantação de parques industriais, indústria de fertilizantes e farmacêutica e na transformação e adição de valor de produtos agro-alimentares, incluindo pesqueiros das águas interiores, grafite, bauxite, madeira, alumínio, aço, ferro, mármore são uma prioridade”, disse Moreno.
O fórum tem por objectivo a divulgação das oportunidades e projectos de investimento que Moçambique e o Japão possuem e as possibilidades de estabelecimento de parcerias duradoiras.
“O Japão faz parte da lista dos 20 maiores parceiros de Moçambique a nível de exportações e importações. Temos por isso, um enorme espaço para diversificar e continuar a aumentar a nossa carteira de comércio e investimentos”, disse o ministro.
Referiu que a recente entrada de empresas de grande dimensão do Japão na área do gás e petróleo em Moçambique reinaugura um ciclo de expectativas de que mais empresas do Japão se estabelecer em Moçambique.
A capacidade competitiva que o Japão dispõe a nível de capital, tecnologia, experiência e parceria, faz do mesmo um parceiro privilegiado de Moçambique, ao que gostaríamos de reiterar o nosso desejo da retoma do Japão na lista dos maiores investidores em Moçambique.
Sobre as trocas comerciais, Moreno disse que nos últimos cinco anos apesar de a balança comercial ser desfavorável para Moçambique, “registou um crescimento de 89 por cento a nível do total das exportações cifradas em 449,4 milhões de dólares contra 1,5 mil milhões de dólares de importações.”
O governante aponta como vantagens de Moçambique a sua localização estratégica que serve de porta de entrada para seis países da SADC, um mercado regional com cerca de 380 milhões de consumidores e também a Zona de Comércio Livre Continental Africana que dispõe de 1,3 mil milhões.
Como atractivos para mais investimentos, o governo aprovou recentemente o Pacote de Medidas de Aceleração Económica, dentro do qual já permitiu algumas reformas estratégicas.
Outras medidas incluem a revisão da Lei de Trabalho e um Código Comercial, introdução do e-visa, revisão em baixa do código do IVA para 16%, entre outros.
(AIM)
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