
Maputo, 01 de Mai. (AIM) – O Secretário-Geral da Organização dos Trabalhadores de Moçambique Central Sindical (OTM-CS), Alexandre Munguambe, defendeu, em Maputo, que o salário mínimo ideal em Moçambique para um agregado familiar de cinco pessoas deve ser de mais de 31.860,00 meticais, contra os actuais de 4.800,00 meticais.
Munguambe fez esse pronunciamento após o desfile de caravanas de diversas organizações, na praça dos trabalhadores na capital moçambicana, Maputo, durante as cerimónias de celebração do Dia Internacional do Trabalhador.
Para a fonte o cabaz de mais de 30 mil meticais somente traz produtos essenciais para alimentação de uma família com 5 pessoas, o que revela o alto custo de vida no país.
“Trata-se de um cabaz que nem sequer inclui a educação e saúde, o que interpretado significa que com este custo de vida a maioria dos Moçambicanos não pode continuar a estudar e nem ter cuidados básicos de saúde” explicou.
Para o dirigente sindical, as preocupações de grande destaque dos Trabalhadores Moçambicanos estão relacionadas ao alto custo de vida e injustiças laborais pelo que é através da marcha que repudia tais actos.
“O custo de vida, a harmonia nas relações laborais, o livre exercício da Actividade sindical no país, em particular na Função Publica, as sistemáticas injustiças laborais, a Paz e Estabilidade efectivas no nosso solo Pátrio, foram nestas manifestações, as preocupações de grande destaque dos Trabalhadores Moçambicanos. Através da nossa marcha, repudiamos com veemência, elevado custo de vida no país, os salários baixos que a maioria dos Trabalhadores Moçambicanos aufere e a precariedade do emprego que contribui para a perpetuação da pobreza e da criminalidade”, disse.
Munguambe solicita a urgente “revisão do Regulamento do Trabalho Domestico e a definição de balizas sobre a política de remuneração neste sector”, a disciplina e organização do “trabalho das empresas de segurança privada”, clama a “quem de direito para avançar com o “ajustamento e melhoramento contínuo da vida dos pensionistas” pois segundo este às pensões de reforma “evoluem a passo de camaleão” e também apela “às empresas e ao sector publico para que paguem regularmente e pontualmente os salários dos trabalhadores e funcionários, incluindo o decimo terceiro vencimento no final de cada ano”.
As celebrações do 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, decorreu sob o lema “sindicatos pelo emprego digno, desenvolvimento económico e justiça sócio-laboral”.
(AIM)
CC (Custódio Cossa)/JSA