Maputo, 03 Mai (AIM) – A Biota, uma instituição especializada no ramo da biodiversidade, propõe o estabelecimento de parcerias com organizações locais sobre a componente de educação para mudanças climáticas a nível de ensino básico, como forma dotar os alunos com habilidades para fazer face aos eventos extremos e assimilação de informação sobre os riscos.
Através de uma experiência adquirida em Portugal, a iniciativa visa trazer para Moçambique e Angola, de forma pedagógica uma combinação entre a educação e o ambiente, como forma de induzir o comportamento de indivíduos e comunidades de forma educativa.
Para o efeito, será realizado em Junho do ano em curso no país, um evento sobre educação para acção climática, uma iniciativa que marcará a transferência de metodologia e experiência sobre o combate às mudanças climáticas, numa altura em que Moçambique é ciclicamente assolado por desastres naturais resultantes da alteração do clima.
A informação foi tornada pública há dias, pela directora executiva da Biota, Patrícia Rodrigues, em entrevista a AIM, a margem da 9ª Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique (MMEC), evento de dois dias teve lugar na cidade de Maputo.
“Vamos trabalhar na área de educação. O que pretendemos é que desde a educação formal, passando pela educação informal, trazer para o dia-a-dia questões mais práticas de informações sobre alterações climáticas. Vamos dar competências aos alunos para tomarem as decisões mais correctas. Vamos passar algumas experiências adaptadas ao contexto local”, disse.
Segundo a fonte, a Biota tem realizado estudos de impacto ambiental há mais de 10 anos em Moçambique que, nos últimos anos, tem assistido a chegada de vários projectos de desenvolvimento, fenómeno que exige muita atenção para não colocar em risco o meio ambiente.
A empresa foi responsável pelo estudo do impacto ambiental para ampliação da mina de carvão de Moatize, na província de Tete, zona centro, e estudos para a construção da respectiva da linha férrea para o escoamento do carvão da mina para o Porto de Nacala, província de Nampula, zona norte do país.
“Fazemos a componente da biodiversidade no âmbito dos estudos de impacto ambiental. Já participamos em projectos de mineração em Tete, de petróleo e gás em Cabo Delgado e expansão de linhas eléctricas Maputo-Vilanculos. A nossa motivação é trazer valor acrescentado ao país”, salientou.
(AIM)
pc /sg