Maputo, 02 Mai (AIM) – O ministro do Estado dos Negócios Estrangeiros do Japão, Kenji Yamada, considera Moçambique uma excelente porta de entrada para os investidores do seu país na África Austral.
Yamada também considera Moçambique um parceiro estratégico devido ao seu enorme potencial em termos de recursos naturais, citando como exemplo enormes reservas de Gás Natural Liquefeito (LNG), bem como a sua localização geoestratégica no continente e Oceano Índico.
O governante japonês falava terça-feira (02) em Maputo, durante um breve contacto com a imprensa moçambicana, minutos após o término de uma visita a Central Térmica de Maputo (CTM), uma infra-estrutura financiada pelo governo nipónico.
O governo e as empresas japonesas, segundo Yamada, “têm interesse em Moçambique, que é uma porta de entrada para a região sudeste africano”.
Yamada antecede a visita de trabalho de um dia à Moçambique, do Primeiro-Ministro do Japão, Fumio Kishida, que deverá aterrar ao país na tarde de quarta-feira (03) acompanhado por uma delegação constituída por 54 delegados pessoas, incluindo membros do governo, empresários de 25 empresas japonesas dos sectores do comércio, fábricas, construção, incluindo bancos.
Além de participar no Fórum de Negócios e Investimentos Moçambique-Japão, e de efectuar visitas ao Parque Industrial de Beleluane, adjacente a fábrica Mozambique Aluminnium (MOZAL) localizado no distrito de Boane, província meridional de Maputo, Kishida vai visitar a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC).
“Por meio dessa oportunidade, queremos aprofundar entendimento mútuo sobre as demandas e oportunidades de negócios e ter alguns resultados concretos”, afirmou Yamada.
O governante japonês referiu a ‘’Colaboração Público-Privado’ como um dos temas mais importantes abordados durante a realização em Agosto de 2022, na Tunísia da 8ª Conferência Internacional de Desenvolvimento África-Tóquio (TICAD-8, sigla em inglês), no qual Moçambique participou, realçando que a visita do Kishida faz parte do fortalecimento da cooperação Japão-África.
Por seu turno, o administrador executivo para Área de Desenvolvimento de Negócios na Electricidade de Moçambique (EDM), Pedro Nguelume, destacou o investimento de cerca de 180 milhões de dólares desembolsados pelo Japão para a construção da CTM, uma infra-estrutura mais modernas do continente africano.
“Neste momento [a CTM] é aquela que responde as nossas necessidades, entanto que cidade de Maputo, mas também suportamos a rede em cerca de 106 MegaWatts (MW) de geração de energia”, disse, tendo apontado que num futuro breve a EDM vai desenvolver “alguns projectos” com o governo japonês, sobretudo para a implantação da II fase da CTM, que deverá produzir energia avaliada em 100 MW.
“Temos também em Nacala [província nortenha de Nampula] uma Central que tem um donativo japonês, para o qual queremos estender para além dos 40 mega watts que estão planificados, a expansão em Inhassoro [província meridional de Inhambane para mais de cerca de 100 megawats”, vincou Nguelume.
O Japão já investiu cerca de 180 milhões de dólares para o desenvolvimento da capacidade de geração de energia em Moçambique.
(AIM)
ac