Maputo, 06 Mai (AIM)- A empresa Eni Mozambico S.p.A prepara-se para executar o primeiro poço de pesquisa de hidrocarbonetos na área A5-A, ao largo do distrito de Angoche, província de Nampula, norte de Moçambique.
Para o efeito, já se encontra em águas moçambicanas a plataforma de perfuração West Capella, propriedade da Aquadrill, contratada pelos concessionários da área.
Neste momento, a West Capella está prestes a atingir o local do poço de pesquisa.
Segundo o Instituto Nacional moçambicano de Petróleos (INP), este desenvolvimento ocorre na sequência da conclusão dos trabalhos de avaliação do potencial petrolífero na área concessionada, uma actividade integrada no programa de trabalhos acordado com o Governo, no âmbito do contrato de concessão para pesquisa e produção (CCPP), assinado em Dezembro de 2018, na sequência do quinto concurso de concessão de áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos, o qual se tornou efectivo em Janeiro do ano seguinte.
A avaliação do potencial petrolífero, durante este primeiro sub-período de pesquisa da área, culminou com a identificação do prospecto, Raia. Consequentemente, a petrolífera italiana e os seus parceiros decidiram executar o poço Raia.
O INP avança ainda que um dos propósitos da perfuração do poço é investigar a presença de hidrocarbonetos em complexos turbidíticos do terciário.
Este é o primeiro poço de pesquisa nesta parte da bacia de Moçambique que terá a particularidade de permitir a recolha de informação geológica e avaliar o potencial petrolífero da região.
A área A5-A localiza-se ao largo da costa de Angoche, em Nampula, a uma profundidade de lâmina de água que varia dos 300 aos 1800 metros. Com uma extensão de 4.612 quilómetros quadrados, esta dista a aproximadamente 50 quilómetros de Angoche, e 220 quilómetros de Nacala.
O consórcio que opera na área é, actualmente, formado pela Eni Mozambico S.p.A. que detém 49,5 por cento de interesse participativo; a Qatar Energy Mozambique, Limitada com 25,5 por cento; a Empresa Nacional moçambicana de Hidrocarbonetos E.P. com 15,0 por cento e a Sasol Petroleum Mozambique Exploration Lda, com 10,0 por cento, respectivamente.
(AIM)
FF