O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) em Cabo Delgado, norte de Moçambique, ainda não foi notificado do alegado cancelamento do polémico contrato de aluguer das 21 viaturas para a si a 88 milhões de meticais (1.378.271,35 dólares norte-americanos, ao câmbio do dia), um preço considerado como exorbitante.
A informação é avançada pela Rádio Zumbo FM Noticias, baseada em Cabo Delgado, que cita o director do STAE naquele ponto do país, Cassamo Camal, que assegura que não recebeu nenhuma informação de cancelamento. No entanto, não nega e nem confirma a informação.
“Não sei, ainda não recebi, pode ser, como pode não ser, não sei comentar isso, não sei se chamaria de pista, essas coisas tem que ser com factos, se calhar nos próximos dias, amanhã ou segunda, terça teremos a certeza disso. E estava em serviço, toda semana a trabalhar fora, Mueda, Mocímboa da Praia, Chiúre e Balama”, afirmou de forma dúbia Cassamo Camal.
A Carta de Moçambique noticiou com base numa fonte próxima ao processo, sexta-feira (05), que a Direcção Nacional de Património do Estado (DNPE), no Ministério da Economia e Finanças (MEF), mandou cancelar o concurso público lançado pelo STAE para aluguer de viaturas por considerar avultadas as quantias envolvidas.
Para o efeito, o jornal adiantou, o STAE já foi notificado pela DNPE do cancelamento do concurso público.
“Foi notificado o STAE de Cabo Delgado para o cancelamento da adjudicação e recomendamos que caso haja disponibilidade orçamental para o efeito, seja instaurado um novo processo para aquisição de viaturas, ao abrigo do Regulamento de Contratação Publica e dentro dos limites estabelecidos para aquisição de viaturas”, disse fonte do Ministério da Economia e Finanças, citada pelo “jornal. .
De igual modo, adiantou,foi constituída uma equipa de supervisão para proceder à análise presencial dos procedimentos de contratação, realizados pelo STAE de Cabo Delgado.