
Urnas,Votação. Foto arquivo.
Maputo, 08 de Mai (AIM) – A Sociedade Civil em Moçambique exige a inclusão de todos os grupos sociais na elaboração dos manifestos eleitorais dos partidos políticos, para as autárquicas de 11 de Outubro próximo.
Para o efeito, o Instituto para Democracia Multipartidária (IMD) juntou numa mesa redonda membros da Sociedade Civil, partidos políticos e académicos, para uma reflexão sobre os manifestos eleitorais.
“Nós temos como intenção primária, advogar e influenciar para que os partidos políticos elaborem manifestos na perspectiva de género e sensíveis aos jovens e pessoas com deficiência”, disse, recentemente, em Maputo, a Coordenadora de Programas do IMD, Lorena Mazive.
A fonte explicou que a inclusão vai assegurar que o processo de elaboração dos manifestos eleitorais seja efectivamente com base em modelos democráticos e descentralizados.
“Isto quer dizer que devem observar as especificidades de todos os grupos sociais e ter em conta os diversos locais geográficos, onde essas pessoas estão. Pode ser que as necessidades da mulher que está na cidade de Maputo não sejam as mesmas da mulher que está na cidade de Pemba”, afirmou.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Direcção da Associação Observatório Moçambicano para a Deficiência, Ricardo Moresse, disse que a sua agremiação já está no processo de credenciação para fazer a observação eleitoral, desde o recenseamento até a realização efectiva das eleições, de forma a assegurar uma maior inclusão.
“Penso que as organizações das pessoas com deficiência, também deveriam organizar-se de forma a fazer a observação desse processo desde agora [no recenseamento] e passos subsequentes que vão culminar com as eleições”, sugeriu.
Segundo a Coordenadora de Programas do IMD, de forma posterior, será realizada uma sessão prática de capacitação dos partidos políticos sobre como elaborar manifestos inclusivos.
(AIM)
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