Maputo, 09 Mai (AIM) – As autoridades de saúde da província de Tete, centro de Moçambique, querem erradicar o desvio de medicamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS) que, mais tarde, vão parar ao mercado negro.
Para o efeito, brigadas compostas por líderes religiosos, membros do policiamento comunitário, entre outras forças vivas da comunidade vão reforçar a fiscalização nos mercados.
Numa primeira fase serão promovidas palestras nos mercados para desencorajar a venda de fármacos e alertar sobre os perigos que representa o consumo de medicamentos sem a prescrição de um profissional devidamente autorizado.
A informação foi avançada pelo inspector chefe no Serviço Provincial de Saúde de Tete, Miguel Munama, à Rádio Moçambique, emissora nacional, sobre as campanhas de sensibilização a serem levadas a cabo nos próximos dias para desencorajar a venda de medicamentos do Sistema Nacional de Saúde.
Miguel Manuma referiu que a situação é mais preocupante nos mercados informais da cidade capital e dos distritos de Angónia, Tsangano Macanga, Moatize, Changara e Marara.
Por isso, a fonte apela as comunidades para que denunciem as autoridades competentes todos os funcionários e agentes informais envolvidos em esquemas de venda ilícita de fármacos do SNS.
“Sabemos que há dificuldades, a inspecção em si na área de saúde não consegue ao mesmo tempo e a mesma hora abarcar a tudo. Aguardamos sempre a colaboração de todos e eu acho que este é o momento chave”, disse o Inspector chefe.
“Se a comunidade perceber que o medicamento não se vende ao sol como se vende a batata e o resto, ninguém irá comprar. Acho que é a melhor forma de desencorajar as pessoas a roubar e a vender fármacos”, acrescentou.
O roubo sistemático e contrabando de fármacos do Sistema Nacional de Saúde lesa o Estado moçambicano em vários milhões de meticais.
(AIM)
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