Maputo, 10 Mai (AIM) – Os eventos climatéricos extremos que assolaram Moçambique na época chuvosa 2022-2023 provocaram a morte de 314 pessoas.
A maioria das mortes ocorreu nas províncias da Zambézia, Sofala, Manica, no centro, e Niassa, norte de Moçambique.
A informação foi avançada hoje (10), em Maputo, na Assembleia da República (AR), o parlamento, pelo Primeiro-Ministro (PM), Adriano Maleiane, no primeiro dia da sessão de perguntas ao governo.
A ocorrência de chuvas intensas, cheias, inundações e ciclones afectaram mais de 1,3 milhão de pessoas e causaram elevados danos materiais.
“Estes eventos climatéricos extremos causaram afogamentos, desabamento de paredes e descargas atmosféricas que, lamentavelmente, provocaram a morte de 314 compatriotas a nível de todo território nacional, com maior incidência para as províncias da Zambézia, Sofala, Niassa e Manica,” afirmou o Primeiro-Ministro.
Segundo Maleiane, o Governo realizou várias acções multissectoriais no quadro da implementação do Plano de Contingência da época chuvosa e ciclónica 2022-2023.
A implementação do Plano incidiu na divulgação de mensagens de alerta e aviso prévio, sensibilização da população para se retirar atempadamente das zonas de risco, assim como no pré-posicionamento de meios de salvamento, abertura de centros de acomodação e assistência humanitária.
“Estas e outras acções associadas às implementadas pelos actores não-governamentais, permitiram salvar vidas humanas e mitigar os impactos dos eventos climatéricos extremos, com maior enfoque para assistência humanitária em bens alimentares e não alimentares a mais de 441 mil pessoas afectadas, das quais cerca de 381 mil nos centros de acomodação”, explicou.
O Primeiro-Ministro disse que o Executivo aprovou um Plano de Acção de Emergência orçado em cerca de 11 mil milhões de meticais (cerca de 172 milhoes de dólares), que foi elaborado após um levantamento exaustivo dos danos causados pelos eventos climatéricos que afectaram o país na época chuvosa 2022-2023 com o objectivo último de garantir a reposição das infra-estruturas económicas e sociais danificadas nos distritos e Municípios das províncias afectadas, nomeadamente Niassa, Zambézia, Tete, Manica, Sofala, Inhambane, Gaza e Maputo Província e Maputo-Cidade.
No âmbito das acções de emergência, disse o governante, “repusemos a transitabilidade das estradas Nicoadala-Chimuara e Alto Benfica-Milange-Fronteira com Malawi na província da Zambézia, Madamba-Mutarara na província de Tete, Vanduzi-Changara na província de Manica, Porto Henrique-Changalane e Mahawu-Catuane na província de Maputo”.
A execução do Plano de Acção de Emergência, para além dos recursos internos, também conta com o apoio dos de parceiros de cooperação com destaque para o Banco Mundial.
(AIM)
Mz/sg