Maputo, 10 de Mai. (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafia o recém-empossado vice-reitor da Universidade Púnguè (UniPúnguè), Pedro Guiliche, a priorizar a implementação de acções para alargar o acesso dos cidadãos ao ensino superior, disponibilizando mais vagas e abrindo mais cursos.
Segundo o Chefe de Estado, é necessário também alargar a oferta dos cursos nas áreas das ciências, tecnologias, engenheiras e matemática, devido a sua importância na industrialização e desenvolvimento tecnológico do país.
“Deve tornar a UniPúnguè não apenas numa instituição de ensino, como também de investigação e extensão e de referência internacional na produção e transferência de conhecimentos”, sublinhou Nyusi.
Na ocasião, recomendou ao recém-empossado a apostar igualmente na formação de docentes com o nível de doutoramento, com vista a garantir o incremento da qualidade do ensino, investigação, inovação e extensão.
Como indicador de qualidade afirmou que todos os cursos deverão ser acreditados.
Instou o vice-reitor a assegurar a alocação de infra-estruturas adequadas para o decurso das actividades de ensino e trabalhar com vista a tornar gradualmente a universidade sustentável, para conseguir concretizar os seus objectivos.
No âmbito da produção científica, segundo o Chefe do Estado, a Universidade Púnguè deve priorizar iniciativas que visam resolver problemas concretos que afectam a população, como a mitigação dos efeitos das calamidades naturais, que tendem a ganhar uma maior frequência e intensidade.
Por sua vez, Guiliche assume os desafios a si impostos, mas diz que para o alcance do desenvolvimento do país através das universidades, é um processo que deve estar directamente ligado a todo um sistema do ensino superior, de forma a alcançar o nível de inovação.
“Também é importante olhar para as áreas das engenharias e matemáticas, porque é daí onde é possível mais rapidamente formar as pessoas com o saber fazer, mas sem o desprimor da grande relevância das ciências sociais, para pensar o modelo de sociedade e de Estado que interessa a todos nós”, referiu.
Sobre a cursos ministrados na (UniPúnguè), Guiliche disse que já tem cursos acreditados, embora reconheça a persistência de alguns desafios na acreditação dos novos cursos que vão sendo criados.
Moçambique possui actualmente 237.777 estudantes do ensino superior, incluindo 4.096 da UniPúnguè, dos quais 125.070 são homens e 12.702 são mulheres, a razão de 47 por cento de estudantes do sexo feminino 4.096 estudantes.
(AIM)
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