Mapulanguene (Moçambique), 11 Mai (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, reiterou hoje que a prioridade do governo moçambicano, no sector energético, continua a ser a expansão do acesso à energia a todo o país, como factor impulsionador do desenvolvimento socioeconómico.
O Chefe de Estado falava no posto administrativo de Mapulanguene, distrito de Magude, norte da província de Maputo, onde inaugurou uma Central Fotovoltaica, no quadro do Programa Nacional de Energia para Todos (PRONAE).
“Reiteramos que é prioridade do meu governo a contínua expansão do acesso à energia eléctrica em todo o país, a par da edificação de infra-estruturas de transporte, irrigação e abastecimento de água, assim como a saúde e a educação”, disse.
Neste contexto, Nyusi apontou como primeira aposta o aumento da capacidade de oferta com a geração de 600 MW de energia, no actual quinquénio de sua governação que termina em finais de 2024.
“Este exercício visa a sincronização sistematizada da capacidade de geração com recurso a fontes diversificadas, e com a evolução das necessidades de consumo, traduzido pelos processos de industrialização e dos índices de urbanização em diversos pontos do país, garantindo assim, um balanço energético sustentável”, sustentou.
Para alcançar melhor qualidade, fiabilidade e redundância no fornecimento de energia eléctrica, segundo Nyusi, a acção estratégica consiste na construção das linhas de transporte de energia eléctrica.
Neste âmbito, ressaltou os trabalhos em progresso da linha Chimuara-Alto Molócué, na província da Zambézia, após entrada em funcionamento, em 2022, a linha que liga Chibabava (Sofala) e Vilanculos ( Inhambane), sendo que a terceira fase pretende alcançar a cidade portuária de Nacala (Nampula).
Outra prioridade destacada pelo Presidente da República tem de ver com a reafirmação de Moçambique como pólo energético na região austral de África, e que, “no momento corrente, envolve a construção das linhas de transmissão com o Malawi, a par das linhas já existentes com relação a outros países da SADC”.
“Este posicionamento estratégico deverá ser potenciado do lado da geração, tanto pelo hidroeléctrico de M’panda Nkuwa, ora em estudo, assim como, a médio prazo, pela monetização do gás alocado ao mercado doméstico durante a fase de produção dos projectos de LNG, associados aos empreendimentos da Bacia do Rovuma a serem desenvolvidos em terra”, explicou.
Sublinhou que “é neste quadro que, de uma forma progressiva, almejamos concretizar o Acesso Universal à Energia”, que se prolonga até 2030.
Revelou que, em 2022, foram realizadas, em todo o país, 470.889 novas ligações eléctricas domésticas, sendo 356.266 por meio dos sistemas autónomos, o que permitiu que a taxa de acesso à energia passasse de 41 por cento, em 2021, para 48 por cento, em 2022.
“A acção do meu governo beneficiou, até ao fim de 2022, acima de 425 mil famílias, o que constitui um marco histórico”, disse.
A Central Fotovoltaica de Mapulanguene, hoje inaugurada, custou, ao Estado moçambicano, mais de 79 milhões de meticais (1,2 milhões de dólares).
(AIM)
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