Nampula (Moçambique), 14 Mai (AIM) – O Hospital Geral de Nampula, no norte de Moçambique, tem um novo prazo para a sua entrega facto que deverá acontecer dentro de doze meses, após a retoma recente das obras, orçadas em 18 milhões de dólares, que já duram há seis anos.
A garantia foi dada ao Secretário de Estado para Nampula, Jaime Neto, pelo novo empreiteiro, após uma visita efectuada às obras no posto administrativo de Natiquiri, arredores da capital provincial.
Neto disse a jornalistas que o empreiteiro decidiu aumentar o número de equipas envolvidas na construção do Hospital Geral de Nampula, medida que tem em vista acelerar os trabalhos.
“O empreiteiro a quem foi adjudicada esta segunda fase deu-nos uma explicação satisfatória de que dentro de um ano a obra estará terminada. Essa informação alegra-nos porque estamos sob pressão, então a conclusão irá descongestionar a procura de serviços”, explicou.
Neto deixou como nota que o governo irá fazer um acompanhamento permanente do decorrer das obras para garantir que o compromisso assumido pelo empreiteiro seja cumprido.
Actualmente, o Hospital Central de Nampula, construído há pouco mais de 50 anos e com capacidade para 506 camas, serve toda a região norte e parte da província da Zambézia, num universo de cerda de 13 milhões de pessoas.
Semana finda, Neto também visitou a Central Regional de Medicamentos de onde saiu impressionado pelo seu nível de organização.
Sobre as constantes queixas em relação a falta de medicamentos nas unidades sanitárias, Neto reconheceu haver problemas.
“No sistema de saúde, em geral, não há problemas, agora, quando os medicamentos saem dos armazéns para serem distribuídos às unidades sanitárias aí é onde há problemas. Então temos que resolvê-los para permitir que o cidadão tenha os medicamentos que lhes são prescritos, pelo menos aqueles que estejam dentro do Sistema Nacional de Saúde”, admitiu.
Contudo, adiantou, “agora, provavelmente haja desvio de medicamentos nalgumas unidades sanitárias, o que está a criar este problema todo. Temos que reestruturar o nosso sistema, desde a saída dos armazéns, ate’ a sua utilização nas unidades sanitárias. Vamos trabalhar para sairmos desta situação”.
Por sua vez, a responsável da Central Regional de Medicamentos, Maria Etelvina, revelou que há em armazém quantidades suficientes para abastecer todas as três províncias até o final do ano.
“Temos medicamentos suficientes e bom fornecimento para abastecer toda a nossa cadeia de logística. O nosso abastecimento é feito trimestralmente, mas temos o suficiente para o ano todo”, afirmou.
Questionada por jornalistas sobre as queixas de doentes que não encontram os medicamentos de que necessitam nas farmácias públicas, aventou a probabilidade da existência de sectores que ao longo da cadeia de logística não cumprem cabalmente coma sua tarefa.
“Provavelmente ao longo da cadeia de logística existam alguns sectores que não fazem o seu trabalhão devidamente, mas para todos os clientes que requisitam, fazemos o abastecimento regular”, sustentou.
Etelvina explicou que a distribuição de medicamentos é feita por uma empresa contratada para o efeito.
“Anteriormente tínhamos problemas de transporte, mas já foi ultrapassado, usamos um sistema de terciarização, contratamos uma empresa que tem a responsabilidade de distribuir o medicamento até a cadeia final onde é feito o consumo”, referiu.
Sobre os alegados desvios de medicamentos, Etelvina afirmou não ser assunto da sua alçada e não ter recebido qualquer notificação respeito.
“Em algum momento existem situações com colegas, mas para tal temos os nossos inspectores que fazem o seu trabalho e os notificados são encaminhados às autoridades”, informou.
(AIM)
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