
Maputo, 16 Mai (AIM) – A Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, diz que o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) deve alocar mais máquinas (mobiles) para a região centro e norte do país como forma de descongestionar os postos de recenseamento.
A informação foi expressa esta terça-feira (16), na cidade de Maputo, pelo mandatário nacional do partido, Venâncio Mondlane, durante uma conferência de imprensa concedida a jornalistas logo após a submissão de 15 processos de “ilícitos eleitorais” à Comissão Nacional de Eleições (CNE).
A Renamo considera que tal como em 2019 existe uma desproporção no número de máquinas na província central da Zambézia se comparado ao número de potenciais eleitores, razão pela qual registam-se enchentes nesta e outras províncias da mesma região.
“Em 2019, apesar da província de Zambézia ter quase o dobro da taxa de crescimento populacional que Gaza (sul), esta província (Gaza) teve 35 por cento de aumento dos postos de recenseamento e a província da Zambézia apenas oito por cento. Esta situação repete-se neste ciclo eleitoral que inicia. Esta é uma das razões que justifica as grandes enchentes que estão a se ver na província da Zambézia”, explicou.
A Renamo diz que outro problema é o “recenseamento selectivo” pois os atrasos registados nas brigadas são em alguns momentos deliberados.
“Há estratos da população que são recenseados com celeridade e outros que simplesmente o recenseamento é retardado de forma deliberada. A matéria de retardamento de recenseamento é muito grave. Nós levantamos aqui nossa preocupação em relação a esta matéria porque já temos uma história de 29 anos de experiência de processos eleitorais”, explicou.
A Renamo diz ter proposto que todas as semanas a CNE e o STAE dêem uma conferência de imprensa conjunta sobre os casos mais graves registados ao longo do recenseamento eleitoral e, também, intensificar a edução cívica e passar mensagens certas e cruciais relativas ao processo eleitoral.
(AIM)
CC/mz