Maputo, 17 Mai (AIM) – O Fundo Global de Combate a SIDA, Tuberculose e Malária vai conceder 770 milhões de dólares a Moçambique que serão investidos na luta contra as três doenças no período compreendido nos próximos três anos, contados a partir de Janeiro de 2024.
O director executivo do Fundo Global, Peter Sands, que anunciou o facto em conferência de imprensa havida terça-feira em Maputo, diz que embora o país continue a registar progressos no combate à malária, tuberculose e HIV/SIDA ainda persistem taxas de infecção muito elevadas.
“Temos 770 milhões de dólares para os próximos três anos e, provavelmente, teremos muito mais do que isso, porque teremos outros fundos adicionais que poderão estar disponíveis durante este período”, disse a fonte.
“Há progressos contra as doenças referidas mas, ainda há muito trabalho por ser feito. Hoje, Moçambique tem a segunda maior população de seropositivos do mundo. É o terceiro país com o número mais alto de casos de malária e está no top 10 dos casos de tuberculose”, acrescentou, frisando que, por isso, o país ainda tem um longo caminho pela frente.
O Fundo Global faz, em cada ciclo de três anos, um investimento para o combate a estas três doenças e o próximo ciclo vai beneficiar Moçambique a partir de Janeiro de 2024.
Para além do montante referido, o Fundo Global tem disponível um milhão de dólares para apoiar o governo moçambicano no combate à malária, cujos casos mostram uma tendência crescente, nos últimos meses, após a passagem do ciclone tropical Freddy.
O Fundo garante que, junto dos seus parceiros mantém o compromisso de trabalhar com Moçambique e acredita que o país vai continuar registando progressos significativos contra estas doenças e desenvolver mecanismos para beneficiar todos moçambicanos.
Por sua vez, o ministro britânico para Desenvolvimento e África, Andrew Mitchell, que falava a margem da conferência de imprensa concedida pelo director executivo do Fundo Global, referiu que está no país para estreitar as relações de cooperação entre os dois países, incluindo a nível empresarial.
“O objectivo da minha missão é melhorar e elevar as relações entre ambos os países em diferentes áreas seja comércio, investimento, relações internacionais, questões de género”
“Temos inúmeras oportunidades de investir especialmente no sector energético” referiu.
Esta é a segunda vez que Mitchell visita Moçambique. A primeira aconteceu há três anos.
(AIM)
CC/sg