
Porta-voz da CNE, Paulo Cuinica. Foto arquivo
Maputo, 20 Mai (AIM) – A Comissão Nacional de Eleições (CNE), de Moçambique, desafia as equipas de supervisão que, nos próximos 10 dias, irão visitar os postos de recenseamento instalados nas 65 cidades e vilas municipais a agir com rigor, para corrigir as irregularidades reportadas em alguns postos.
Segundo o porta-voz do CNE, Paulo Cuinica, a ideia é apurar, no terreno, como é que o recenseamento está a decorrer.
“A ideia é vermos, efetivamente, como é que o recenseamento está a decorrer nos postos, onde temos a oportunidade de agir com os brigadistas, fiscais e eleitores para vermos se o recenseamento está a decorrer dentro da lei”, disse Cuinica.
O porta-voz da CNE falava este sábado (20), durante uma visita à Escola Secundária Josina Machel, em Maputo, onde funciona um dos postos de recenseamento, na qual se fazia acompanhar das equipas de supervisão de nível central.
“Queremos aferir as dificuldades que possam se levantar junto aos postos de recenseamento e, localmente, identificar possíveis problemas enfrentados pelos potenciais eleitores e corrigir as coisas que não estão a correr bem”, explicou.
Disse que a supervisão será feita dentro de 10 dias e, depois disso, “vamos ver quais são as medidas a serem adoptadas para aquelas situações que precisam outro tipo de intervenção e, desta forma, tentarmos alcançar as metas que foram traçadas”, acrescentou.
Da análise feita no primeiro posto de recenseamento, segundo Cuinica, constatou se que os trabalhos estão a decorrer com a devida normalidade.
“A brigada está bastante motivada. Colhemos o depoimento dos fiscais e disseram que estão a trabalhar muito bem. Eles dizem que esta é a melhor brigada que já encontraram. Isso já é muito bom. Regozijamo-nos bastante por saber que os nossos brigadistas podem corresponder com as expectativas”, enalteceu.
Questionado sobre o impacto da suspensão do contrato de aluguer de 21 viaturas para a delegação do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), em Cabo Delgado, orçado em 88 milhões de meticais (aproximadamente 1.4 milhão de dólares), Cuinica disse que a medida poderá prejudicar o decurso normal desta actividade naquela província nortenha de Moçambique.
“O cancelamento das viaturas pode ter um impacto muito grave, porque dependemos das viaturas para fazer o apoio logístico, recolha e colocação dos brigadistas e supervisão técnica dos equipamentos. Portanto, isso pode ter um impacto extremo”, considerou.
O contrato de aluguer de viaturas foi suspenso a 05 de Maio corrente pela Direcção Nacional de Património do Estado (DNPE) do Ministério da Economia e Finanças (MEF), por considerar avultadas as quantias envolvidas.
Moçambique realiza a 11 de Outubro próximo as VI eleições autárquicas. Desde 20 de Abril, decorre o recenseamento eleitoral, processo que se prolongará até 03 de Junho próximo.
(AIM)
Leonel Ngwetsa (LW)/dt