Maputo, 21 Mai (AIM) – O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, exorta aos países ricos para que demonstrem a sua solidariedade com actos, com vista a melhorar o bem-estar dos povos nos países em desenvolvimento.
Para o efeito, propõe o perdão da dívida contraída pelo países menos desenvolvidos, adopção de outras formas de alívio e mecanismos seguros previsíveis e justos que facilitem o acesso a financiamentos mais acessíveis.
“O endividamento insustentável de alguns países pobres, muitas vezes resultante de factores exógenos como mudanças climáticas, pandemias, guerras impostas, são uma das grandes causas da sua incapacidade de financiar os serviços essenciais, incluindo o sector de saúde”, disse Nyusi em Genebra, Suíça, na Sessão de Abertura da 76ª Assembleia Mundial da Saúde e no 75º Aniversário da Organização Mundial da Saúde (OMS), que se realiza sob o lema “Água Limpa, Saneamento e Higiene em Instalações de Saúde”.
Nyusi destacou a importância da solidariedade com os países menos desenvolvidos para nortear a colaboração global sobre a saúde e promover o direito ao desenvolvimento desses países, que, “ultimamente, correm o risco sério de não atingirem os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.”
Sublinhou que a saúde para todos requer mudanças de paradigma sobre a colaboração internacional na promoção da saúde e no bem-estar, assim como na prevenção e controlo das doenças, fortalecimento do sistema de saúde, redução e prontidão para enfrentar doenças.
“Reafirmo o nosso compromisso, como país, de continuar a nossa parceria estratégica com OMS para o alcance do bem-estar para todos em Moçambique e no mundo”, disse.
O Presidente da República fez uma radiografia das acções levadas a cabo em Moçambique e no mundo para conter a pandemia da Covid-19.
Passou em revista a experiência de Moçambique na gestão da doença que evitou o colapso do sistema nacional de saúde mesmo sem decretar “lockdown”.
Na luta colectiva contra a Covid-19, Nyusi recordou que algumas lições ficaram, entre elas a importância de os sistemas de saúde estarem sempre preparados para responder a quaisquer tipos de emergência sanitária,
“Assegurar investimentos domésticos e globais para fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde, obrigatoriedade de robustecer os mecanismos de cooperação e coordenação internacional para uma resposta rápida, eficiente e qualitativa às emergências de saúde pública são outras lições que a pandemia deixou”, disse.
“Ficou claro que para as doenças não há fronteiras. Não se pode dizer em nenhum momento que há um país livre de doenças enquanto outros continuarem com doenças”, acrescentou, reiterando que urge investir nas instituições científicas de investigação e desenvolvimento tecnológico.
Defendeu, ainda a necessidade de planificar para o incremento, como a formação e capacitação dos profissionais de saúde.
Nyusi encontra-se, desde este Domingo, em Genebra, para uma visita de trabalho de dois dias à Suíça.
A margem da sua participação na Sessão de Abertura da 76ª Assembleia Mundial da Saúde e no 75º Aniversário da Organização Mundial da Saúde (OMS), Nyusi irá visitar a sede da OMS e reunir-se com o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, e com o Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi
(AIM)
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