Maputo, 22 de Mai (AIM) – O governo moçambicano vai aprovar, nos próximos dias, um decreto sobre os preços de referência no país, sobretudo para os produtos de primeira necessidade, com vista a controlar de forma eficaz a actividade comercial.
Trata-se de um instrumento a partir do qual o Executivo passará a controlar os preços praticados nos produtos importados de primeira necessidade e evitar que os mesmos sejam estabelecidos de forma aleatória pelos importadores, em prejuízo dos cidadãos.
Para o efeito, o ministro da Indústria de Comércio, Silvino Moreno, afirma que já está em revisão a Lei do Comércio, que inclui as margens de lucro praticadas pelos agentes económicos.
“Isso significa que o país terá um mecanismo para controlar as importações e exportações. Um importador ao trazer cebola ou batata não deve inventar o preço. Será a partir deste instrumento que poderemos dizer que, não, esse não é o preço certo”, disse Moreno, hoje, em Maputo, falando a margem do lançamento das celebrações da semana de África.
As celebrações terão o seu auge a 25 de Maio de corrente, com foco na aceleração da implementação da implementação da Zona de Comércio Livre Continental.
Segundo o ministro, para estancar as práticas desonestas no mercado, as autoridades estão introduzir uma inspecção em todo a país, para um controlo mais apertado das margens de lucro não permitidas no preço dos produtos importados.
“Essa inspecção vai desde o processo de importação do produto até a sua comercialização a nível nacional”, garantiu o ministro.
O governo reconhece que existe uma prática reiterada de preços desajustados pela parte de alguns comerciantes, sobretudo nos momentos de crise de alguns produtos.
O ministro citou como exemplo o caso dos preços de cebola importada da vizinha África do Sul, que registam um agravamento contínuo nos últimos dias.
(AIM)
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