Maputo, 22 Mai (AIM) – O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, disse que a iniciativa presidencial “Um Distrito; Um Hospital Distrital” constitui um exemplo que o país está a transmitir ao mundo inteiro.
Falando esta segunda-feira (22) em Genebra, capital da Suíça, durante uma conferência de imprensa que marcou o término da sua visita de trabalho de dois dias aquele país europeu, iniciada domingo, Nyusi falou de outras iniciativas em curso no país como “Energia para Todos”, água e saneamento, estradas e infra-estruturas, que também são um contributo para os outros países do mundo.
“Essa iniciativa [Um Distrito, Um Hospital Distrital] é uma contribuição que estamos a dar, em termos de visão, ao mundo”, sublinhou.
O estadista moçambicano participou em Genebra, na sessão de abertura da 76ª Assembleia Mundial da Saúde, e no 75º aniversário da OMS, que se realizou sob o lema “Água Limpa, Saneamento e Higiene em Instalações de Saúde”.
Nyusi reconheceu que a implementação da iniciativa “Um Distrito, Um Hospital Distrital” acarreta uma diversidade de desafios, facto que pode concorrer para a demora do processo de construção de infra-estruturas de saúde condignas.
Reconheceu a escassez de recursos mas, no entanto, a iniciativa deve evoluir. “Eu tenho dito que o pão, o bolo é um. Então esse bolo deve ser repartido por todos, e são muitos sectores [de desenvolvimento]”.
Apontou como exemplo, o sector da educação que também tem os seus desafios aliados a destruições de infra-estruturas devido a um outro sector: mudanças climáticas.
“É tanta coisa junta para os mesmos gestores, mesmas pessoas, e no mesmo bolo, então, estamos a trabalhar para a conclusão dessas iniciativas”, vincou.
Referiu existir interesse do sector privado em alavancar a iniciativa “Um Distrito, Um Hospital Distrital”.
“Há empresas, em Moçambique, que estão inseridas em algumas zonas, em [distritos como] Larde, Moma [ambos na província nortenha de Nampula] Palma, Mecúfi [Cabo Delgado] que decidiram que vão fazer hospitais. Uns escolhem distritos que acham que estão muito desguarnecidos, e isso vai fazer com que completemos o processo”, afirmou Nyusi.
Além de construir os edifícios hospitalares, Nyusi lembrou ser necessário equipa-los, fundamentalmente com recursos humanos formados.
“Um hospital distrital tem de ter especialistas, não só médicos gerais, porque há cirurgias. Portanto devem estar equipados de ortopedistas, ginecologistas [e outros] ”, disse.
A margem da sua participação na sessão de abertura da 76ª Assembleia Mundial da Saúde e no 75º aniversário da OMS, Nyusi reuniu-se com os altos-comissários das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, e para os Refugiados, Filippo Grandi.
(AIM)
Ac/mz