
Ossufo Momade, former secretary general of RENAMO (Mozambican National Resistance), the main opposition party in Mozambique, looks on during a press conference in Beira, on May 5, 2018, after being named as interim leader of Renamo's national political commission, after veteran chief Afonso Dhlakama, who had headed the party for 39 years, died unexpectedly. / AFP PHOTO / Adrien BARBIER
Chimoio (Moçambique), 22 Mai (AIM) – Membros do partido Renamo, na província de Manica, centro de Moçambique, repudiam a atitude de alguns militantes que contestam a liderança de Ossufo Momade que dirige a maior formação política da oposição, no país, desde a morte de Afonso Dhlakama, em Maio de 2018.
Desde a eleição de Momade, em congresso realizado nos princípios de 2019, alguns guerrilheiros não tem recebido com satisfação a escolha do actual presidente para conduzir os destinos da Renamo.
Para repudiar publicamente a atitude, alguns membros desta formação política, na província de Manica, convocaram a imprensa esta segunda-feira (22), na cidade de Chimoio.
O membro do Conselho Nacional da Renamo, Albino Faife, revelou que alguns membros estão a desencadear calúnias, desinformação e acusações dúbias e infundadas contra o actual líder da Renamo, daí que condenam com veemência esse comportamento que pode colocar em causa o bom ambiente existente dentro do partido.
“Lembramos que os mesmos adjectivos atribuídos ao saudoso líder Afonso Dhlakama pela Junta de Salvação da Renamo e outras facções dentro da Renamo são esses que estão a ser usados contra o actual presidente Ossufo Momade. Esses guerrilheiros estão a tentar, a todo o custo, mobilizar militantes para se juntarem a outros grupinhos para desestabilizar a Renamo”, disse Faife.
“Este tipo de comportamento é de um grupinho de esfomeados que não se identifica com os verdadeiros desmobilizados da Renamo. Nós não comungamos com essa indisciplina. Pelo que encorajamos ao general Ossufo Momade a prosseguir com os destinos da Renamo, cumprindo na íntegra com o seu mandato”, referiu o membro do Conselho Nacional da Renamo, perante membros e militantes do seu partido.
Faife afirmou que os membros da Renamo estarão atentos para denunciar qualquer situação que possa perturbar a ordem dentro do partido e, caso sejam identificados os promotores, serão tomadas medidas dentro da própria Renamo.
“Não queremos que dentro da Renamo haja perturbadores da ordem. Queremos estar unidos e trabalharmos com as atenções viradas para os próximos pleitos eleitorais. Esse é que deve ser o nosso principal objectivo”, revelou.
Sobre o processo de recenseamento em curso no país rumo as VI eleições autárquicas de 11 de Outubro próximo, o membro do Conselho Nacional da Renamo afirmou estar a decorrer na normalidade, apesar do registo de casos de ilícitos eleitorais em alguns distritos.
Disse que logo no início do recenseamento notava-se alguma morosidade e avaria dos equipamentos nos postos de recenseamento. Porém, o problema foi resolvido e o processo está a prosseguir sem muitos constrangimentos.
“Há registo de alguns ilícitos eleitorais. Notamos menores a se recensear e em algumas situações temos o problema de dupla inscrição. Mas graças à presença dos nossos membros que estão nos postos conseguimos identificar essas pessoas”, Anotou.
Albino Faife aproveitou a ocasião para apelar a população a se recensear para que no dia 11 de Outubro exerça o seu direito cívico de votar ou ser eleito.
Na província de Manica, o recenseamento eleitoral está a decorrer nos distritos autárquicos nomeadamente, Gondola, Manica, Báruè, Sussundenga, Cidade de Chimoio, e Guro, este último elevado recentemente a categoria de município.
Dados disponibilizados pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) indicam que nos seis distritos serão recenseados 732. 063 potenciais eleitores.
(AIM)
Nestor Magado (AIM) /mz