Maputo, 24 Mai (AIM) – A República de Angola está interessada em aprender de Moçambique as melhores formas de gestão e redução de riscos de desastres naturais.
Edson Domingos, director da Redução do Risco de Desastres de Angola, disse que Moçambique tem alcançado resultados positivos na área de redução de desastres e na prevenção de riscos.
“É neste espírito que se pensou nesta visita para obter experiência que Moçambique tem estado a desenvolver no domínio legislativo, operacional e estrutural na gestão de riscos de desastres dentro do plano de desenvolvimento do país”, assinalou.
Domingos falava esta quarta-feira (24), na cidade de Maputo, durante a abertura do programa de Cooperação Sul-Sul, entre Moçambique e Angola, no âmbito da gestão e redução do risco de desastres.
Referiu ainda que, igual à Moçambique, Angola regista, no centro e norte, inundações cíclicas e, no sul, uma seca extrema desde 2013.
Por sua vez, a presidente do Instituto Nacional de Redução de Risco de Desastres (INGD), Luísa Meque, referiu que Moçambique vai partilhar experiências na implementação de sistemas de aviso prévio, reassentamentos pós-desastres, salvaguardas ambientais e sociais, entre outros aspectos no contexto de ocorrência de eventos climáticos adversos.
“A mudança e variabilidade climáticas mostram-nos que um comportamento isolado de um país pode originar consequências globais de origem climática, biológica e até tecnológica”, anotou.
Acrescentou que “foi neste contexto que Moçambique hospeda na cidade aeroportuária de Nacala, província nortenha de Nampula, o Centro Regional de Operações de Emergência que vai reforçar a capacidade de resposta aos eventos extremos na região”.
De acordo com Meque, a recente aprovação do Plano de Protecção Financeira contra Riscos de Desastres, que orienta o País na contratação de seguro Soberano do Risco de Desastres, é parte das medidas e estratégias para prevenção e mitigação dos seus impactos sobre as comunidades e economia, adoptadas pelo governo de Moçambique.
Além do director da Redução do Risco de Desastres, a delegação angolana, que visita Moçambique por três dias, é composta por membros dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros da República de Angola; directora de Gestão do Risco no Ministério da Economia e Finanças; ministra Conselheira no Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, entre outros.
(AIM)
SC/mz