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Maputo, 25 Mai (AIM) – O governo moçambicano garante que o Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA), um dos projectos emblemáticos no contexto da Agenda 2063, é uma janela de oportunidade para a internacionalização do país e para o aumento de investimentos com impacto positivo na balança comercial.
Segundo o ministro da Indústria e Comércio (MIC), Silvino Moreno, Moçambique deu mais um passo na sua abordagem de cooperação económica assente numa maior integração da sua capacidade competitiva no sistema do comércio internacional com a ratificação do acordo em Dezembro de 2022
O governante falava esta quinta-feira (20), em Maputo, à margem das ‘Celebrações do Dia de África’, evento que decorreu sob o tema: “Aceleração da Implementação da Zona do Comércio Livre Continental Africana”.
“O mercado continental africano é uma oportunidade estratégica para a internacionalização e especialização produtiva de Moçambique, bem como aumento de investimentos com impacto na balança comercial em linha com a segunda prioridade do Programa Quinquenal do Governo (PQG)”, explicou o governante.
Segundo a fonte, o mercado continental de livre comércio projecta o aumento do comércio intra-africano de menos de 12 por cento em 2013 para mais de 50 por cento em 2045, bem como o incremento da quota da África no comércio global de dois por cento para 12 por cento.
A participação de Moçambique no processo de integração económica continental, segundo Moreno, sempre foi estrategicamente orientada não apenas como a materialização da sua abordagem do comércio multilateral mas, acima de tudo, na necessidade de continuar a expor o potencial competitivo da sua economia regional, continental e global.
Segundo o dirigente, a concretização do acordo é prova de que Moçambique está alinhado com a agenda de desenvolvimento continental, à semelhança do acordo firmado em 2008 a nível da Comunidade de Países da África Austral (SADC) através do Protocolo das Trocas Comerciais, entre outros acordos comerciais vigentes.
Para Moreno, o potencial e capacidade produtiva existente, no caso, Made In and Created with Mozambique, também está estruturado para ser dinamizado por mobilidade competitiva de capital e parcerias empresariais.
‘Isso consolida a nossa experiência de hub regional de facilitação comercial logística ao hinterland e o mundo, privilegiando a internacionalização das cadeias de valor e nichos produtivos agrícolas e pesqueiros, oportunidades do potencial energético e renovável, entre outros”, explicou.
Aliás, segundo a fonte, a integração económica continental vai contribuir para a materialização do ‘Programa Nacional Industrializar Moçambique” que visa o aumento da produtividade e a diversificação produtiva com impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e na geração de emprego e a melhoria da balança comercial através da transformação dos recursos e matérias-primas locais.
Refira-se que a Zona de Comércio Livre Africana (ZCLCA) é um mercado com cerca de 1,3 biliões de consumidores.
A iniciativa vai criar um mercado único africano de mercadorias e serviços facilitado pela livre circulação de pessoas e capital, aprofundando a integração económica, promovendo e alcançando o desenvolvimento sócio económico sustentável e inclusivo, entre outras.
O evento que decorreu sob o lema “Nossa África, Nosso Futuro” contou com a presença de membros do Corpo Diplomático acreditados em Moçambique; da Confederação das Associações Económicas (CTA); da Câmara de Comércio de Moçambique (CCM); académicos, entre outros convidados.
(AIM)
LW/sg