Maputo, 26 de Mai (AIM) – O Canadá comprometeu-se hoje a desembolsar 1,5 milhão de dólares canadianos apoiar o ciclo eleitoral 2022-2025 em Moçambique, que serão investidos para garantir a inclusão dos grupos mais vulneráveis, bem como uma maior transparência.
O apoio será através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) abrangendo mulheres, jovens, idosos e pessoas com deficiência.
Para o efeito foi assinado um Acordo de Colaboração entre o Canadá e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na capital moçambicana Maputo.
Falando minutos após a assinatura do acordo, a alta comissária do Canadá, Sara Nicholls disse que a realização de eleições credíveis em Moçambique preocupa o governo do seu país, razão pela qual a iniciativa vai prosseguir nos próximos anos.
“A questão das eleições credíveis e inclusivas é uma preocupação partilhada pelo Canadá, não apenas em Moçambique, bem como em outros países amigos. Por isso, este projecto enquadra-se nos esforços do Canadá de direccionar a sua assistência para iniciativas que melhor apoiem o empoderamento dos mais pobres, marginalizados e vulnerásseis, particularmente a mulher e raparigas”, explicou.
“Este tipo de intervenções continuará ao longo dos próximos dois anos, reforçando a capacidade e o aperfeiçoamento dos processos eleitorais. Esperamos contribuir para que as eleições 2023 e 2024 sejam pacíficas e inclusivas”, disse a diplomata.
Por sua vez, António Molpeceres, representante residente da PNUD assegura que o valor vai chegar aos seus destinatários.
“O montante total de apoio será destinado a acções de educação cívica e informação eleitoral, com um foco especial nos grupos mais vulneráveis, incluindo mulheres, jovens, idosos e pessoas com deficiência”, referiu.
Molpeceres fez saber ainda que além da população eleitoral moçambicana, os fundos vão beneficiar todas as instituições interessadas no processo eleitoral, incluindo o Conselho Constitucional, os Órgãos Eleitorais CNE/STAE, Tribunal Supremo, Polícia, jornalistas e as organizações da sociedade civil.
Já o presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE), Dom Carlos Matsinhe, disse que o montante constitui uma mais-valia pois surge num momento em que os órgãos eleitorais enfrentam uma escassez de fundos.
“O momento marca um passo significativo para os órgãos de administração e gestão eleitoral, que se debatem com insuficiência de recursos para realizar várias actividades com vista ao desenvolvimento dos processos democráticos no país”, disse.
“Os cerca de 1,5 milhão de dólares canadianos terão maior impacto nas estratégias a serem implementadas conjuntamente com o parceiro PNUD”, acrescentou.
A fonte diz ainda que existem vários programas pendentes devido a insuficiência orçamental e, por isso, este apoio é de um significado pois irá beneficiar todas as instituições interessadas no processo eleitoral.
(AIM)
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