Maputo, 26 de Mai (AIM) – A Ucrânia deseja estreitar as relações bilaterais com Moçambique e discutir novas oportunidades de cooperação.
A vontade foi expressa pelo ministro ucraniano das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, no término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, na manhã desta Sexta-feira (26) em Maputo.
“Eu vim a Moçambique instruído pelo presidente ucraniano (Volodymyr) Zelensky para construir o futuro das nossas cooperações bilaterais. Nós vemos potencial em desenvolver o comércio entre os nossos países. Também desejamos ajudar a resolver problemas relacionados com a insegurança alimentar na região e nos tornarmos amigos” disse Kuleba.
“Nós vemos muitas oportunidades, eu e o presidente moçambicano acordamos organizar um evento entre as nossas Câmaras de Comércio, porque para impulsionar as trocas nós temos de ter apoio de ambos os lados”, disse.
O diplomata citou como exemplos o comércio, alimentação, indústria farmacêutica, maquinaria industrial e serviços de identificação”.
No que concerne aos serviços de identificação destacou o facto de a Ucrânia ser um dos países mais avançados no mundo na digitalização de serviços públicos.
Frisou que as relações entre os dois países deverão ser na base de benefício mútuo. Aliás, a ainda este ano, e com vista a corporizar o seu interesse, a Ucrânia vai abrir uma embaixada em Maputo.
“Para alcançar esta meta [cooperação], nós acordamos em abrir a embaixada da Ucrânia em Moçambique, e vai-se tornar operacional no fim deste ano, agradecemos que o governo de Moçambique tenha emitido o acordo da abertura da embaixada”, disse.
Já o vice-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, explicou que durante o encontro as partes “passaram em revista as relações bilaterais, relações históricas que existem entre a Moçambique e Ucrânia, com enfoque na cooperação.
Foram identificadas algumas áreas como a digitalização, agricultura sobretudo na produção de trigo em Moçambique.
Moçambique tenciona também trabalhar na área da medicina onde já coopera e continuar a desenvolver a área de infra-estruturas, razão pela qual ambas nações pretendem realizar um fórum de negócios para identificar as prioridades para desenvolvimento da cooperação económica.
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