Maputo, 29 de Maio (AIM) – A Fly Modern IATA, empresa contratada pelo governo para reestruturar as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), anunciou hoje que, tecnicamente, a companhia de bandeira nacional melhorou consideravelmente pelo que já saiu da insolvência.
“O endividamento foi reduzido 47,3 milhões de dólares, atingindo deste modo um rácio de dívida capital próprio inferior a um e, por conseguinte, a LAM deixa de ser considerada tecnicamente insolvente”, explicou Sérgio Matos, gestor do projecto de reestruturação da Fly Modern IATA em conferência de imprensa havida hoje, em Maputo.
Para o efeito, a empresa suspendeu todas as condições de venda a crédito de bilhetes o que permitiu aumentar a receitas em 15% e cobrou parte substancial das dívidas acumuladas nos últimos 20 anos, onde Estado afigura-se como o maior devedor.
Segundo Matos, a LAM tem um potencial para ser uma companhia aérea bem-sucedida, rentável e sustentável, bem como acrescentar muito valor através da implementação de uma reestruturação radical dos modelos de gestão do negócio e do modelo operacional.
Matos disse ser imperativo “que a LAM seja reorganizada e reestruturada pois opera num ambiente comercial desafiante, dinâmico e altamente competitivo”.
Referiu que as fraquezas e ineficiências específicas da LAM são de uma organização que tornam o seu modelo de negócio insustentável.
Segundo a fonte, a situação da LAM teve como causas principais elevadas perdas operacionais, dívidas insustentáveis e alta de preços de combustíveis nos últimos anos.
Tendo em conta a sua capacidade limitada de geração de receita, disse Matos, “a LAM não é competitiva no mercado e não opera de melhor forma. A fim de assegurar a eficiência operacional, melhoria da prestação de serviços e rentabilidade, urge identificar e eliminar as redundâncias e duplicações.
A LAM espera introduzir nas próximas três semanas duas novas aeronaves e reactivar ligações aéreas a partir das cidades da Beira e Nampula para o resto das províncias.
A companhia de bandeira nacional também pretende reactivar a rota Maputo-Lisboa, numa primeira fase e nas fase subsequentes ligar São Paulo, Mumbai, Dubai. Para o efeito, a Fly Modern IATA vai trazer aeronaves e algum capital para reanimar o negócio.
Actualmente a LAM opera no mercado com sete aeronaves, das quais duas constantemente em manutenção e com 753 funcionários que se traduz num rácio de 112 funcionários por aeronave,
A LAM tem como objectivo aumentar o número de aeronaves até 15 e caso se concretize não será mais necessário reduzir o número dos trabalhadores.
Refira se que com a reestruturação da LAM o custo da passagens aéreas 30 por cento para alguns destinos.
(AIM)
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