Pemba (Moçambique), 31 Mai (AIM) – Dados confirmam um potencial de fontes de energias renováveis avaliados em 23 terá watts (TW), entre solar, hídrico, eólico e biomassa, que motivaram o governo moçambicano a avançar com projectos estruturantes de geração de energia para colocar o país como pólo energético regional.
Está na linha da frente para a materialização do objectivo governamental, o desenvolvimento do projecto da Hidroeléctrico de Mphanda-Nkuwa para geração de 150O MW, de Temane para 450 MW na base do gás, acrescidos a 200 MW oriundos de fontes renováveis.
As duas últimas iniciativas de geração estão incorporadas no pacote de 600 MW a que o governo se propôs adicionar até 2024, na base de uma matriz energética dominada pelas fontes hidroeléctrico, gás natural e energias renováveis.
Essa visão foi defendida, em Pemba, capital provincial de Cabo Delgado, zona norte, pelo Vice-ministro de Recursos Minerais e Energia, António Saide, a margem da Cimeira de Indústria e Energia, evento que discute investimentos no sector energético.
“Esses projectos vão fazer de Moçambique cada vez mais próximo de ser o centro energético da África Austral”, disse Vice-ministro.
De acordo com Saide, das potencialidades conhecidas, até ao momento, o país produz na base da capacidade instalada, cerca de 2700 MW, constituindo o mix energético coberto por 82 por cento baseados em energia hídrica, 17 por cento em gás natural e dois por cento em solar, através da central solar de Metoro, em Cabo Delgado, com capacidade instalada de 41 MWp.
Paralelamente as iniciativas de geração, o governo está empenhado na construção de infra-estruturas de transporte de energia em alta tensão para evacuação de energia produzida nos centros de geração para os de consumo.
O facto é comprovado pelas linhas em construção de Chimuara-Alto Molocué, Temane-Maputo, linha Moçambique-Malawi, todas em fase de implementação, com conclusão prevista em 2023ainda este ano.
“No entanto, o caminho a percorrer é ainda longo. Mas é importante e encorajador notar que estamos sim, no bom caminho”, salientou a fonte do governo.
Refira-se que joga papel preponderante na maximização das potencialidades energéticas do país a nova lei de electricidade e o regulamento para energia fora da rede que, entre outros aspectos, permitem a participação do sector privado em toda a cadeia de valor.
(AIM)
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