Maputo, 01 Jun (AIM) – O Presidente mocambicano, Filipe Nyusi, inaugurou hoje (01) o Armazém da Central de Medicamentos e Artigos Médicos (CMAM) na cidade da Beira, capital da província central de Sofala.
Orçado em 4,6 milhões de dólares, financiados pelo Estado moçambicano e Fundo Global, através do Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD) a construção da CMAM da Beira obedece a padrões tecnológicos internacionais de resiliência aos fenómenos naturais extremos, podendo suportar ventos de até 200 quilómetros por hora.
Com uma capacidade de armazenar cerca de cinco mil paletes de medicamentos e artigos médicos, a requalificação da CMAM da Beira iniciou em Março de 2022, após ter sido destruído pelo ciclone Idai, em Março de 2019.
Falando durante a cerimónia, Nyusi explicou que a nova infra-estrutura duplica a capacidade de armazenar e distribuir medicamentos e artigos médicos às outras vizinhas de Manica, Tete e parte da Zambézia.
“Para além dos armazéns centrais, estamos também a construir armazéns intermédios”, disse Nyusi, sublinhando que o país conta actualmente com três armazéns centra intermédios nas cidades de Maputo, Nampula e Beira, e cinco intermédios.
O programa de construção de armazéns e toda a sua logística farmacêutica, de acordo com o Chefe do Estado, surge no contexto de superação dos desafios, incluindo doenças, crescimento acelerado da população, bem como a expansão da rede sanitária.
“Há necessidade de robustecer e ampliar o subsistema comunitário de saúde; a urgência em intervir cada vez mais nos determinantes sociais de saúde”, afirmou o Presidente.
O crescimento de infra-estruturas hospitalares implica, de acordo com Nyusi, um aumento gradual dos recursos humanos, sobretudo no seguimento da iniciativa ‘Um Distrito, Um Hospital Distrital’.
“Significa mais médicos, mais medicamentos, mais dinheiro; esse dinheiro que deve ser produzido por moçambicanos”, disse, acrescentando que urge melhorar a gestão hospitalar para evitar a ruptura de stocks, perdas, incluindo roubos de medicamentos.
Por isso, Nyusi afirma que os gestores devem reunir qualificações académicas excelentes, honestidade, dedicados e aversos ao desperdício.
“Devem ser gestores que evitem o envio às unidades sanitárias de medicamentos que estão para expirar para se evitar o desperdício de recursos com incinerações regulares”, vincou Nyusi.
O armazém está equipado com um sistema inovador de vídeo vigilância, câmaras de frio, combate à incêndios, bem como permite reduzir o tempo de abastecimento às unidades sanitárias da rede pública da região centro do país.
(AIM)
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