Maputo, 05 Jun (AIM)- As obras de duplicação da linha-férrea de Ressano Garcia, que liga Moçambique África do Sul, a partir do Posto Administrativo da Matola-Gare até Secogene, na província meridional de Maputo, numa extensão de pouco mais de 50 quilómetros, deverão ser concluídas até Setembro próximo.
A garantia foi dada pelo Presidente do Conselho de Administração da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), Agostinho Langa Júnior, que há dias percorreu toda a extensão da linha para avaliar o nível de execução das obras.
Na ocasião, segundo escreve hoje o “Notícias”, o gestor manifestou-se satisfeito pela qualidade do trabalho que está a ser executado.
Apesar de estar ainda em 52 por cento de realização, Langa manifestou-se esperançado no cumprimento dos prazos, até porque, como disse, está-se agora na época seca, o que faz acreditar que não haverá grandes interrupções das actividades.
Explicou que a duplicação da linha visa aumentar a capacidade da ferrovia e garantir maior segurança na circulação dos comboios.
“A avaliação que estamos a fazer é para já positiva. A grande preocupação era termos a certeza de que o trabalho está a ser feito com qualidade e sobretudo que os prazos vão ser cumpridos e, por aquilo que vimos, acreditamos que até meados ou finais de Setembro vamos ter os trabalhos, tanto das pontes como das linhas, concluídos”, assegurou.
Precisou que após a conclusão das obras, a linha de Ressano Garcia passará a ter capacidade de escoamento de cerca de 24 milhões de toneladas por ano, contra os actuais 13 milhões de toneladas.
Segundo Agostinho Langa, os trabalhos agora em curso estão avaliados em cerca de 82 milhões de dólares norte-americanos financiados através de capitais próprios da companhia.
Para além da duplicação da linha, as actividades incluem a construção de raiz de quatro pontes.
Langa mostrou-se convicto de que a duplicação também possa minimizar os descarrilamento e conferir maior fluidez da carga.
Esclareceu que, para isso, a empresa pretende criar uma equipa forte de manutenção das linhas não somente para o Sul, como também para o Centro, sobretudo para Machipanda e Sena, o que passa por melhorar a qualidade de mão-de-obra e prestar-se mais atenção na manutenção das vias.
Depois de Ressano Garcia, Agostinho Langa escalou a linha de Goba, que liga Moçambique e eSwatini, mas esclareceu que nesta ferrovia não existe, neste momento, nenhum plano para a realização de trabalhos de vulto, até porque a empresa vai atacando as linhas em função das cargas que lhe são oferecidas, com vista a assegurar o retorno dos investimentos realizados.
“Neste momento, na Linha de Goba não vamos fazer um trabalho da dimensão do que está em curso na via de Ressano Garcia, mas vamos garantir uma manutenção rotineira, sobretudo em pontos que forem apresentando alguns defeitos para permitir uma melhor circulação das composições”, sustentou.
(AIM)
FF