Maputo, 07 Jun (AIM) – O Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) é chamado a rentabilizar as poupanças dos contribuintes para o benefício dos pensionistas, bem como em prol do desenvolvimento de Moçambique.
O repto é do Chefe do Estado, Filipe Nyusi, lançado hoje (07) no distrito de Namaacha, província meridional de Maputo, durante a cerimónia de inauguração da delegação do INSS.
Referiu que em nenhum momento o INSS, instituição subordinada ao Ministério do Trabalho e Segurança Social (MITSS), se pode orgulhar de ter muitas poupanças ociosas que não se traduzem no bem-estar dos moçambicanos e crescimento do país.
“Precisamos de pensar grande para viabilizar as poupanças. As poupanças do INSS em muitos países estão a resolver, construir, desenvolver o país; nós não nos podemos orgulhar de termos muitas poupanças reservadas e que não produzem”, afirmou Nyusi.
Adverte, porém, para uma utilização cautelosa e eficaz das poupanças existentes no INSS, pois a instituição serve de um banco de depósito de valores dos moçambicanos.
“Há gente que pensa que pode criar negócios de imobiliária ou qualquer outro investimento, contando com a capoeira que tem muitas galinhas, ovos”, afirmou, repudiando esta forma de encarar o INSS.
Apelou aos trabalhadores do INSS para desenvolverem iniciativas desde que “não usem o INSS para serem, ou criar parasitas”.
O sistema de segurança social de Moçambique, segundo o Presidente, está a tornar-se em um dos melhores da região austral de África. Portanto, urge consolidar, através da modernização e informatização.
Para acompanhar o desenvolvimento institucional, Nyusi recomenda uma gestão exemplar e perspicaz, capaz de inovar para o bem comum dos moçambicanos.
Assim, o INSS deve aprimorar com rigor os mecanismos de recuperação da dívida dos contribuintes junto das empresas devedoras, como forma de proteger os contribuintes.
“Um bom gestor, um bom director que não sabe cobrar gere mal; então, um director deve criar mecanismos que permitam o pagamento atempado”, sublinhou.
A gestão do INSS é confiada ao Conselho de Administração que obedece a uma constituição tripartida, nomeadamente, governo, empregadores e trabalhadores.
(AIM)
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