
Maputo, 07 Jun (AIM) – A Associação de Viagens e Turismo de Moçambique (AVITUM) reconhece que o sector do turismo, no país, enfrenta fraca procura dos serviços apesar de um incremento substancial na oferta ocorrida ao longo dos últimos 10 a 15 anos.
O posicionamento foi expresso esta quarta-feira (07), na capital moçambicana, Maputo, pelo secretário-geral da AVITUM, João Neves, a margem da I Reunião com as agências de viagem e turismo, que tinha como objectivo reflectir sobre os modos de actuação e os desafios do sector.
Neves disse que além dos preços altos que impede a entrada de turistas para o mercado nacional, também há problemas de segurança e acesso ao país.
“Os preços altos não são, necessariamente, o único problema, há que considerar vários outros aspectos relacionados com a segurança, acesso ao mercado por turistas e, acima de tudo, o pacote competitivo que ofereça aos clientes algo que justifica a sua deslocação para este destino”, referiu.
Sublinhou que “os preços acompanham, naturalmente, a situação económica do país, e tem estado a sofrer incrementos sucessivos em toda a cadeia”.
Para a fonte, a introdução do E-visa é bem-vinda. Porém, até ao momento, a ferramenta não está a trazer turistas como desejado.
“O E-visa é algo que o sector privado, durante vários anos, andou a lutar para que fosse implementado. Ė extremamente bem-vindo mas ainda tem alguns desafios que ainda não conseguiu trazer por si só. Este é o caminho a seguir mas há, ainda, um conjunto de outros factores que devem ser agregados para que com o E-Visa os turistas possam, de facto, sentir-se atraídos a visitar Moçambique”, disse.
A fonte defende um trabalho em mecanismos de atracção de turistas com vista a garantir competitividade no mercado internacional.
“É preciso apostar num pólo de desenvolvimento turístico de atracção de massas, depois complementar com um conjunto de produtos e serviços que, de facto, possam competir com outros mercados”, avançou.
O E-visa é um sistema para facilitar a entrada de estrangeiros em Moçambique.
O mesmo faz parte da medida 13 do Plano de Aceleração Económica (PAE), um pacote de estímulo económico lançado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, em Agosto passado.
(AIM)
Custódio Cossa (CC)/mz