Maputo, 09 Jun (AIM) – O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) iniciou, esta sexta-feira (09), a recolha de equipamentos usados durante o recenseamento eleitoral, que decorreu de 20 de Maio último a 03 de Junho corrente, em Moçambique.
A recolha do equipamento, segundo a porta-voz do STAE, Regina Matsinhe, tem lugar findo, os quatro dias [05 a 08 de Junho] reservados pelos órgãos de administração eleitoral para que os eleitores fizessem verificação da conformidade dos dados para exercerem o seu direito cívico.
Os equipamentos, com destaque para os Mobiles ID, serão retirados dos postos de recenseamento e devidamente guardados nas sedes provinciais do STAE, locais onde se acredita estarem criadas todas as condições para o efeito.
Segundo a fonte, nas sedes do STAE serão igualmente guardados todos os cadernos do recenseamento eleitoral, depois de extraídas as cópias que são partilhadas com os representantes dos partidos políticos credenciados.
“O STAE fará, hoje e amanhã (sábado), o trabalho de recolha dos dados e equipamentos que vão para o STAE distrital, onde estão criadas as condições para a recepção do material”, explicou Matsinhe em entrevista AIM.
“Assim como acontece antes de iniciar o recenseamento, esses mesmos STAE receberam os equipamentos e foram colocar nos postos. Agora será o inverso”, acrescentou.
No encontro Matsinhe, assegurou que todos os Mobiles ID foram trancados através de um sistema informático, assim que terminou o recenseamento eleitoral, facto que não permite a emissão de novos cartões.
Sublinhou ainda que os órgãos de administração eleitoral vão trabalhar para organizar todos os dados das brigadas que estão distantes das sedes distritais e que ainda não haviam conseguido entregar a informação a tempo.
Em relação a segurança do processo, Matsinhe garantiu que, durante a fase de verificação dos cadernos eleitorais, não houve espaço para que os brigadistas fizessem qualquer alteração no sistema.
“O cidadão que tenha constatado, no seu cartão de eleitor, alguns erros nos seus dados pessoas, durante a emissão do documento, dirigia-se aos postos de recenseamento para solicitar a correcção, isso significa que a brigada entrava no sistema Mobile ID, mas só no campo de edição e fazia a correcção dos dados que estiverem errados no cartão do eleitor. Não há hipótese de fazer mais nada”, assegurou.
O processo em curso, segundo a fonte, foi acompanhado pelos fiscais indicados pelos partidos políticos que estiveram a trabalhar em cada posto de recenseamento.
Em Moçambique, o processo de recenseamento eleitoral decorreu em 65 cidades e vilas municipais, tendo como alvo indivíduos maiores de 18 anos ou que completam até 11 de Outubro próximo, data do VI pleito autárquico no país.
(AIM)
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