Maputo, 11 Jun (AIM) – O Programa Energia para Todos, que preconiza o alcance do acesso universal até 2030, integrado no Plano do Programa Quinquenal do Governo 2020-2024, já electrificou 50 sedes de postos administrativos de um total de 135 identificados em 2019.
Da cifra em alusão, 40 sedes foram abrangidas através da Rede Eléctrica Nacional (REN) e dez de sistemas isolados, elevando a taxa para 48 por cento.
Os dados foram divulgados pelo vice-ministro de Recursos Minerais e Energia, António Saíde, em contacto com AIM, dando o ponto de situação dos projectos de acesso a energia eléctrica no país.
De acordo com Saíde, só a província nortenha de Cabo Delgado conta, neste momento, com uma taxa de acesso a energia eléctrica de 25.4 por cento, com todas as 17 sedes distritais ligadas a Rede Eléctrica Nacional, sendo que, das 57 sedes de postos administrativos, 43 estão electrificadas através da REN e ou através de sistemas isolados, o que corresponde a 67,9 por cento de realização.
“Foram igualmente electrificadas 68 localidades e 138 aldeias existentes na província o que corresponde a 49,55 por cento. Com apoio do sector privado já foram beneficiadas 4.500 famílias através de sistemas solares residenciais, em toda a província desde o lançamento desta iniciativa”, disse o vice-ministro.
Segundo o Governo, estas acções têm permitido a expansão de infra-estruturas, o que impulsiona os sectores da agricultura, turismo e desenvolvimento da indústria principais pilares de desenvolvimento eleitos pelo executivo.
“Permitem ainda a electrificação de infra-estruturas sociais como escolas, centros de saúde, bem como o estabelecimento dos sistemas de bombeamento de água através de painéis solares, o que tem contribuído bastante para o melhoramento das condições de vida das comunidades”, vincou.
Assegurou que o aprimoramento do quadro legal tem permitido a criação de um ambiente favorável e atractivo para a implementação dos projectos de geração, transporte e distribuição de energia dentro e fora da rede nacional.
Apontou a nova lei de electricidade e o regulamento para energia fora da rede que, entre outros, permitem a participação do sector privado em toda a cadeia de valor.
(AIM)