Maputo, 12 Jun (AIM) – O governo moçambicano pede apoio internacional para reforçar a capacidade ofensiva das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e das Forças Conjuntas no combate ao terrorismo que, desde Outubro de 2017, afecta alguns distritos da província de Cabo Delgado, na região norte.
O pedido foi formulado pela deputada da Assembleia da República (AR) e chefe do Grupo Nacional junto a África, Caraíbas e Pacífico, Ana Rita Sithole, em conferência de imprensa, minutos após o término de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, hoje (12) em Maputo.
“Vimos que é chegado o momento de associar o apoio não letal com algum equipamento bélico porque não faz sentido ter formação e não olhar para os aspectos de equipamento bélico, tanto para as Forças da SAMIM [Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento de África Austral] como também para as Forças [de Defesa] do Ruanda, que estão aqui a combater lado a lado com as FDS [Forças de Defesa e Segurança de Moçambique]”, disse.
Sithole, que representa a presidência de Moçambique na Assembleia Parlamentar da Organização dos Estados de África, Caraíbas e Pacífico (AP-OEACP) e co-presidente da Assembleia Parlamentar Paritária África, Caraíbas, Pacífico e União Europeia (ACP-EU) afirmou que durante o encontro abordou m também o reforço do papel das FDS no combate ao terrorismo.
“Eu apresentei uma apreciação de todos nós, deputados daquela organização, pela forma como Moçambique está a gerir o problema do terrorismo no nosso país”, disse.
Refira-se que, nos últimos meses, regista-se uma evolução significativa em termos de segurança, que permitiu muitos cidadãos regressar aos suas zonas de origem.
As estatísticas oficiais indicam que, nos últimos cinco anos, o terrorismo em Cabo Delgado fez perto de 4.000 mortes e cerca de um milhão de deslocados.
Num outro desenvolvimento, Sithole disse que o Presidente da República recomendou para que durante a sua presidência Moçambique considerar os actuais desafios concernentes ao meio ambiente e mudanças climáticas.
Sithole afirma que são temas pontuais porque além de Moçambique, afectam quase todos os países do mundo inteiro.
Enalteceu o papel do Instituto Nacional de Gestão e Redução de Riscos e de Desastres (INGD) na mitigação do sofrimento das vítimas das mudanças climáticas e “fazer com que tenhamos cada vez menos vítimas humanas”.
Em Janeiro último, Moçambique iniciou o seu mandato de dois anos na presidência da AP-OEACP e co-presidente da ACP-EU, fruto da sua eleição em Outubro de 2022.
(AIM)
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