Nairobi, 14 Jun (AIM) – Subiu para 303 o número de mortos depois que um pastor instrumentalizou os seus seguidores no Quénia a morrerem a fome para encontrar Jesus.
As autoridades quenianas recuperaram, terça-feira, mais 19 corpos nas valas comuns na vasta floresta no condado de Kilifi, onde viviam o pastor Paul Mackenzie e seus seguidores, escreve a Associated Press.
Entretanto, as autoridades advertem que o número de mortos poderá a aumentar à medida que prosseguem as exumações.
A comissária costeira regional, Rhoda Onyancha, disse que 613 pessoas ligadas à área estão desaparecidas.
Na segunda-feira, 65 dos 95 membros da igreja que as autoridades disseram ter resgatado da propriedade foram acusados de tentativa de suicídio depois de fazerem greve de fome para protestar contra a sua detenção num abrigo e foram transferidos para uma prisão.
A polícia foi à propriedade de MacKenzie em Abril, depois que os investigadores receberam uma denúncia de que dezenas de pessoas estavam morrendo de fome depois que seu pastor lhes disse que era uma maneira de encontrar Jesus.
Os seguidores fisicamente debilitados foram tratados num hospital de Malindi antes de serem levados para o abrigo.
Mackenzie deve voltar ao tribunal esta semana, depois que a polícia foi concedida mais tempo para detê-lo enquanto aguardava as investigações.
Antes de sua prisão em Abril, o pastor foi acusado de desaparecimento de crianças, mas foi libertado sob fiança.
O presidente do Quénia, William Ruto, compara Mackenzie a um terrorista.
O ministro do Interior, Kindiki Kithure, disse que mais valas comuns serão exumadas e avançou que o pastor pode ser acusado de terrorismo ou crimes relacionados ao genocídio.
(AIM)
AP/Zélio Tembe (Zt)