Maputo, 16 Jun (AIM) – O docente universitário, Arlindo Chilundo, enaltece a iniciativa do Presidente da República, Filipe Nyusi, e de Ossufo Momade, líder da Renamo, de encerrar a última e 16ª base militar do maior partido da oposição em Moçambique, devido ao seu potencial para catapultar a economia nacional e garantir a estabilidade política.
O académico considera que foi a decisão mais acertada, porque, com aumento do investimento interno e estrangeiro no país, abrem-se muitas oportunidades para a criação de emprego para jovens, entre outras medidas que irão impactar positivamente no desenvolvimento sócio-económico do país.
Por isso, Chilundo convida a comunidade moçambicana residente na diáspora, incluído cidadãos estrangeiros, a investir em Moçambique.
“Só com a paz é possível desenvolver o país, e nós queremos que esta paz prevaleça, e só pode prevalecer se nós promovermos um desenvolvimento inclusivo que não descrimine ninguém. Só desta maneira é que todos vamos sentir que somos parte desta nação”, explicou o académico em entrevista AIM.
“Este resultado vai afectar positivamente a dinâmica da nossa economia porque vai permitir a circulação livre de pessoas e bens e isso tem um impacto bastante positivo. Que os moçambicanos e estrangeiros possam investir cá em Moçambique e possamos ter mais emprego para jovens”, sublinhou.
Já, o secretário provincial da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), no Niassa, Cristóvão Aranha, encoraja o Presidente da República a prosseguir com para a pacificação do país.
Aranha entende que a conclusão do Desarmamento, Desmilitarização e Reintegração (DDR), das forças residuais da Renamo, deve ser a razão primordial para garantir que os jovens continuem a empreender esforços para o crescimento sócio económico do país.
“Estamos muito felizes com a entrega das armas que ontem (sexta-feira) testemunhamos. “Os jovens devem estar sempre diante da paz, carregados sempre com essa educação patriótica. Esta pátria foi libertada pelo derramamento de sangue e nós temos o dever de preservar esta paz”, anotou.
Durante o encerramento, que teve lugar no posto administrativo de Vunduzi, no distrito de Gorongosa, província central de Sofala, foram desmobilizados 347 antigos guerrilheiros, incluindo 100 mulheres que durante vários anos estiveram nas matas de Gorongosa.
O acordo rubricado pelo governo e Renamo, preconiza a integração dos antigos guerrilheiros no exército, polícia, ou reinserção na sociedade e vida civil.
O acordo firmado, surge em cumprimento do artigo 77 da Constituição da República de Moçambique que veda o uso de armas por parte dos partidos políticos a recorrer a violência armada para alterar a ordem politica e social no paí
(AIM)
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