Maputo, 17 Jun (AIM) – A Assembleia Parlamentar da Organização dos Estados da África, Caraíbas e Pacífico (OEACP) afirma que o fim do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) da força residual da Renamo, o maior partido da oposição, revela uma das mais altas expressões de confiança mútua entre os moçambicanos.
Numa mensagem de saudação por ocasião do encerramento definitivo da última base militar da Renamo, endereçada ao Presidente da República, Filipe Nyusi, que a AIM teve acesso, a OEACP refere que o acto simboliza o culminar das diferentes percepções sobre o conceito de exercício democrático, consolidando a paz efectiva, a democracia participativa, bem como a cidadania no seio dos moçambicanos.
Por isso, a OEACP afirma estar convicta que a convivência pacífica, tolerância, inclusão, diálogo permanente, justiça, liberdade de expressão, incluindo a participação de todos nos processos democráticos, e a existência de instituições políticas competentes, são o baluarte para a edificação dos alicerces da democracia que vai conduzir Moçambique a um futuro risonho.
“Estendemos as nossas saudações a todos os intervenientes que se dedicaram ao bem sucedido processo de DDR”, lê-se na nota que também destaca o líder da Renamo, Ossufo Momade, bem como o enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas para Moçambique e representante do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni.
Iniciado em 2017, o DDR culminou com o encerramento da 16ª e última base militar da Renamo, num acto solene dirigido por Nyusi, e testemunhado por Momade, e outras personalidades nacionais e estrangeiras quinta-feira (15) no posto administrativo de Vanduzi, distrito de Gorongosa, província central de Sofala.
Na cerimónia, 347 oficiais da Renamo passaram à vida civil no âmbito do processo e, no total, foram desmobilizados 5.221 antigos guerrilheiros, da Renamo.
A deputada da Assembleia da República, o parlamento moçambicano, Ana Rita Sithole, preside, desde Janeiro último, a Assembleia Parlamentar da OEACP, e co-presidente da Assembleia Parlamentar Paritária ACP-UE, num mandato de dois anos.
(AIM)
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