Maputo, 18 Jun (AIM) – A Primeira-dama de Moçambique, Isaura Nyusi defende o reforço do investimento na formação de adolescentes e jovens de países africanos como resposta aos desafios decorrentes do terrorismo e das mudanças climáticas no continente.
No caso concreto de Moçambique, desde Outubro de 2017 que Cabo Delgado é alvo de ataques terroristas perpetrados por grupos extremistas. Os ataques já resultaram em mais de quatro mil mortes e perto de um milhão de deslocados internos, desencadeando uma crise humanitária.
Por isso, Isaura Nyusi considera que, desta forma, as lideranças africanas estarão a salvaguardar o futuro de uma nação próspera centrada na revisão de vulnerabilidades sociais e no desenvolvimento sócio-económico dos países.
“Neste contexto continuarei a difundir mais investimentos a alguns adolescentes e jovens, rapazes e raparigas como forma de assegurar que a nossa sociedade de hoje e de amanhã possa tirar o melhore proveito de uma população maioritamente de jovens como é o caso de Moçambique”, disse a primeira-dama.
“Continuarei a usar as portas que nos são abertas para convidar os parceiros de Moçambique a unirmos os esforços para o objectivo do mundo. Investimos na juventude como um caminho seguro para o desenvolvimento das nossas comunidades”, acrescentou.
A esposa do estadista moçambicano falava este sábado (17) em Kinshasa, capital da República Democrática de Congo (RDC) nas celebrações do 20° aniversário da Organização da Primeiras-damas para o Desenvolvimento (OPDAD), na qual Moçambique é membro.
Na ocasião, Isaura Nyusi destacou Moçambique como exemplo na acção de programas na área de saúde, educação e acção social para o fortalecimento da assistência as camadas mais vulneráveis e redução das assimetrias.
“Neste contexto foi lançada em Moçambique a Campanha de Saúde de Crianças Órfãs e Vulneráveis em Moçambique em parceria com a primeira-dama da China e as Primeiras-damas de África sob o lema “A Tecer Expressões das crianças”. Em relação ao HIV/SIDA foi lançado um programa entre a China e África com o objectivo de erradicar o HIV/SIDA até 2023”, disse.
“Temos educação de jovens e adultos através do movimento de advocacia, sensibilização e mobilização de recursos para a alfabetização em que pretendemos mudar o quadro do actual número do analfabetismo no país reduzindo de 39 por cento para 25 por cento até 2024”.
A esposa do Presidente da República avançou que nas acções do Gabinete da Primeira Dama (GPD) a rapariga em particular tem merecido especial atenção com vista ao seu empoderamento e equidade de oportunidades.
“Foi promovido em parceria com o Gabinete da Primeira-Dama o programa denominado “Eu Sou Capaz” onde as raparigas são beneficiárias de kits profissionalizantes para a obtenção na escola, para o aumento do índice de qualidade de género de 0,83 por cento para 0.91 por cento até 2024”, destacou Isaura Nyusi.
(FG/sg