Maputo, 19 Jun (AIM) – O Conselho Nacional de Combate ao HIV/SIDA (CNCS) afirma que, nos últimos 20 anos, Moçambique conseguiu reduzir a morte de pelo menos um milhão de pessoas por HIV/SIDA.
A informação foi partilha pelo secretário executivo do CNCS, Francisco Mbofana, esta segunda-feira (19), em Maputo, durante a abertura do Conselho Coordenador desta instituição, evento dirigido pelo Primeiro-ministro, Adriano Maleiane.
Segundo Mbofana, graças as intervenções do CNCS foi possível evitar cerca de 900 mil novas infecções no período compreendido entre 2000 a 2022. Já entre 2010 a 2022 regista-se uma redução de cerca de 41 por cento no número de novas infecções.
De acordo com a fonte, o sucesso também deve-se as intervenções do governo, parceiros de cooperação, sociedade civil, entre outros que ajudaram a difundir mensagens e mobilizar fundos para a aquisição de anti-retrovirais para aumentar a imunidade dos infectados.
‘Em relação as mortes, também registamos progressos embora sejam lentos, e só vermos que de 2010 a 2022 registamos uma redução de mortes em 36 por cento e as mortes evitadas entre 2000/2022 são de cerca de um milhão”, disse Mbofana.
Segundo a fonte, até 2022, as estimativas indicavam que viviam em Moçambique mais de 2,4 milhões seropositivos e durante o período em análise, o país registou cerca de 97 mil novas infecções e 48 mil mortes associadas ao HIV/SIDA.
Na ocasião, Mbofana manifestou a sua preocupação com o nível de seroprevalência, que gira em torno de cinco por cento, em todas províncias.
Segundo a fonte, a província de Zambézia continua a registar níveis mais preocupantes devido ao aumento considerável em termos de prevalência, sendo que, só em 2022, a província registou cerca de 26 mil infecções.
“Preocupantes são todas as províncias porque de acordo com o inquérito realizado em 2021 mostra que todas as províncias têm seroprevalência, acima de cinco por cento”, explicou Mbofana.
“Na província de Zambézia houve um aumento considerável em termos de prevalência e esse aumento de prevalência deve-se ao facto de ser uma província que tem registado um maior número de novas infecções”, acrescentou.
Em relação a redução da transmissão vertical, de mãe para filho, Mbofana sublinhou que ainda persistem alguns desafios para o alcance da meta estabelecida.
“Este é um indicador muito importante por ser aquele que mede o que nós temos estado a conseguir. Dizer que ainda não alcançamos a meta que nós desejamos que é de cinco por cento”, anotou.
O encontro tinha como objectivo fazer o Balanço da Implementação do Plano Estratégico Nacional para o ano 2022, e debruçar-se sobre a apresentação e socialização do roteiro sobre HIV 2022/2025, um instrumento que foi elaborado com base no Plano Estratégico Nacional de Prevenção de HIV/SIDA em Moçambique.
Os participantes incluíam o ministro da Saúde, Armindo Tiago; membros do governo, entre outros convidados.
(AIM)
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