Maputo, 23 Jun (AIM) – O Banco Mundial (BM) diz que cerca de meio milhão de jovens procuram emprego todos os anos em Moçambique contra 30 mil postos criados.
O facto foi revelado pela directora do Banco Mundial, Idah Pswarayi-ridddihough, falando quinta-feira, em Maputo, a margem da Conferencia Anual do sector Privado (CASP).
Pswarayi-ridddihough disse que o número revela que o país, principalmente o sector privado, tem de trabalhar e desenvolver soluções por forma a empregar cada vez mais jovens.
“Estes números dão-nos a imagem precisa de onde devem residir as nossas prioridades, apoiar as PME’s [pequenas e medias empresas], desenvolver soluções inovadoras para o emprego dos jovens, capacitar as mulheres e raparigas, e incentivar o sector informal a integrar-se mais na economia”, afirmou.
Acrescentou que “empregos de qualidade e inclusivos, são a forma mais segura de reduzir a pobreza e partilhar a prosperidade”.
“A criação de empregos só pode vir, de forma sustentável, do sector privado”, assegurou.
Estes são, segundo o Banco Mundial, os passos que permitirão ao sector privado criar mais emprego produtivo para os jovens.
Em Moçambique, a maior parte das empresas formais são micro, pequenas e médias, muitas das quais lideradas por mulheres.
A directora disse que o investimento no mercado jovem é extremamente importante para garantir a produtividade nas empresas.
“Investir na competência de jovens é crucial para garantir melhores salários e maior produtividade. Neste contexto encorajamos o governo a investir em oportunidades de formação e criação de parcerias de emprego em especial para jovens e mulheres”, referiu.
A fonte acrescentou que “os investimentos substanciais em infra-estruturas, criação de competências, reforma do ambiente empresarial e acesso ao financiamento constituem também formas de criar um ambiente de trabalho atractivo”.
(AIM)
Custódio Cossa (CC)/mz