Maputo, 24 de Jun (AIM) – A Assembleia-Geral Extraordinária da Federação Moçambicana dos Empreiteiros (FME) elegeu hoje, em Maputo, Bento Machaila, como novo presidente da agremiação.
O recém-eleito promete melhorias e resolver os problemas que preocupam a classe dos empreiteiros, entres eles, o atrazo dos pagamentos das obras realizadas.
Aliás, este assunto foi referenciado, recentemente, pelo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, como um dos problemas que minam o crescimento das pequenas e médias empresas.
“O que tem acontecido, que não é bom para a classe dos empreiteiros, é o problema de pagamentos e o problema de acesso às obras, principalmente, para as pequenas e médias empresas”, disse Machaila, falando à imprensa momento após a sua eleição.
“Temos um desafio de, primeiro, unir a classe. É preciso unir todas as associações no sentido de trabalhar para garantir que o Estado, ao contratar, pague os empreiteiros e, depois, garantir a inclusão das empresas, principalmente locais, nos grandes projectos de construção”, acrescentou.
Entretanto, presume-se que o recém-eleito não tenha alvará, requisito fundamental para se tornar presidente da FME e, por isso, foi constituída uma comissão para averiguação, junto do Ministério das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, para verificar se o recém-eleito tem ou não o alvará.
Sobre o aparente imbróglio, o eleito assegurou que dispõe do alvará, contrariamente ao que foi levantado por um dos candidatos, durante a assembleia de voto.
Por sua vez, o Mário Albano, actual presidente da Associação dos Empreiteiros de Nampula, também candidato à presidência da FME, disse que, apesar de ter tido um final tranquilo, a fase inicial do processo de votação foi marcado por alguns problemas, entre os quais, a desqualificação da sua lista “em circunstâncias poucos claras”.
Com relação à situação do seu adversário nas eleições, Albano referiu que é um processo que, de facto, deve ser verificado e “se for constatado que uma das partes não tem o alvará, deve, naturalmente, ser desqualificado”.
“A mesa da assembleia fez uma directiva de esclarecimento, no sentido de apaziguar ou acomodar aquilo que são os interesses da própria federação, como o caso de nomes que coincidiam nas mesmas listas”, sublinhou.
Uma das condições para se ser presidente da FME é estar licenciado para a área e, por isso, os concorrentes devem ser empreiteiros em exercício, o que é, também, o caso de Mário Albano, segundo assegurou, à imprensa.
(AIM)
SC/dt
Relacionadas
2024-12-09