Maputo, 25 de Jun (AIM) – O processo de electrificação em curso no país deve ser visto como uma das conquistas de Moçambique, volvidos 48 anos após a independência nacional, disse o secretário-geral da Frelimo, partido no poder, Roque Silva.
Segundo o dirigente da Frelimo, não obstante aos desafios que se impõe ao país, entre eles o terrorismo e os desastres naturais cíclicos, a electrificação alinha-se ao conjunto de outros ganhos como os avanços na educação, saúde, justiça e na agricultura.
“Isso é uma demonstração clara de que, apesar das adversidades que o país está a enfrentar, como ataques internos e externos ; apesar da situação que temos estado a viver, de desastres naturais cíclicos, há uma vontade e esforço colectivo, sob liderança da Frelimo e de Filipe Nyusi, de pôr o país a andar”, afirmou, falando por ocasião dos 48 anos da independência nacional.
Aliás, através do Programa Energia para Todos até 2030, já foram electrificados 50 sedes de postos administrativos de um total de 135 identificados em 2019, sendo que 40 sedes foram abrangidas através da Rede Eléctrica Nacional (REN) e dez de sistemas isolados, facto que eleva a taxa de electrificação para 48 por cento.
Sobre o facto histórico que o país regista, a celebração da independência pela primeira vez sem nenhum partido oficialmente armado, Silva considerou ser um marco importante da paz, cuja preservação cabe a cada moçambicano.
“O mais importante é cada moçambicano consolidar esta paz e assumir que o país só estará livre da pobreza, o que todos nós almejamos alcançar, se cada um fizer a sua parte na preservação da paz”, acrescentou.
Sua vez, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Coreia, anotou que a agricultura foi sempre uma almofada social a que o país recorreu em várias etapas críticas da sua história, mas que, entretanto, registou crescimento considerável.
Correia destacou, igualmente, que uma das grandes fases de crescimento do sector, foram registadas em momentos em que o país experimentou um ambiente de paz, nomeadamente logo depois da independência e a seguir à assinatura do Acordo Geral de Paz, que data de 1992.
“Por isso, o ambiente de paz é importante para nós produzirmos”, disse, sublinhando que um dos desafios que se impõem ao sector tem a ver com o crescimento demográfico.
Contudo, “temos que ser capazes de transformar este crescimento demográfico numa força produtiva, para o país continuar a produzir.”
“Hoje, a agricultura ainda é substancialmente familiar, mas também temos que começar a dar passos para uma agricultura comercial, para criar um equilíbrio interno de produção que nos permita ter uma estabilidade no acesso a produção; a bons preços e, ao mesmo tempo, resolver o problema da insegurança alimentar a nível nacional”, defendeu.
(AIM)
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