Maputo, 25 de Jun (AIM) – O antigo presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, defende que só com a união de todos cidadãos pode se vencer o terrorismo que assola a província de Cabo delgado, no Norte de Moçambique.
Para Chissano, com a desmobilização e desarmamento da Renamo, maior partido da oposição em Moçambique, é o momento de todas forças se empenharem em combater e vencer o inimigo comum, o terrorismo.
“Como hoje já estão reintegrados [os guerrilheiros da Renamo] na sociedade, vamos todos juntar as forças contra este inimigo, porque não sabemos muito bem de onde vem e o que quer, mas destrói e mata as pessoas. Portanto, todos unidos vamos combater e cremos que vamos vencer”, disse.
Chissano falava hoje (25) na Praça dos Heróis, na Cidade de Maputo, durante as cerimónias centrais da celebração do Dia da Independência Nacional, que hoje marca o 48º aniversário.
Contudo, o antigo estadista moçambicano disse que, se os indivíduos que praticam os terrorismos se revelarem diferentes do conceito que se tem sobre eles, será necessário converte-los e torná-los, igualmente, bons cidadãos desta pátria.
“Sabemos que há cidadãos que foram recrutados e que é preciso recuperá-los e vamos recuperar”, disse, reconhecendo, entretanto, que este é um processo.
Referiu que, porque só com a educação se pode chegar à paz, não precisa que seja necessariamente uma educação académica, mas incluir todos os processos capazes de incutir uma cultura de paz nas pessoas.
“Afinal, nós estamos sempre em conflito e em guerra. Mesmo que não haja terroristas ou políticos violentos, estamos sempre em violência em qualquer lugar, quer em casa ou no trabalho”, disse.
O encerramento da última base militar de Vunduzi, de um total de 16, teve lugar no dia 15 do mês em curso, no distrito de Gorongosa, província central de Sofala, como parte do processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR.
A cerimónia oficial de encerramento teve lugar no dia 23, em Maputo e foi testemunha por diversas individualidades, entre as quais, o representante do Secretário-geral das Nações Unidas, Mirko Manzoni.
(AIM)
SC