Maputo, 29 Jun (AIM) – O governo moçambicano desafia aos conservadores e notários a continuarem a prestar serviços de qualidade, com profissionalismo e rigor ético, com vista a garantir os direitos dos cidadãos.
“Moçambique pretende estar na vanguarda do bem servir ao cidadão, com profissionalismo, rigor, ética e probidade e, para tal, somos todos chamados para dar o nosso contributo”, disse o vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Filimão Suaze.
A fonte desafiou ainda aos profissionais do pelouro a contribuírem na luta contra a corrupção, em Moçambique, um fenómeno com consequências devastadoras na vida económica, política e social do país.
O vice-ministro falava, em Maputo, durante a abertura do “Seminário de Auscultação sobre o Compromisso Ético dos Conservadores e Notários no Âmbito do Combate à Corrupção”, evento organizado, esta quarta-feira, pela Associação de Conservadores e Notários (ACN).
“É nossa expectativa que esta associação desempenhe o seu papel na luta contra a corrupção. Devem garantir o exercício independente, imparcial e digno da sua profissão, assegurando que não haja desvios deontológicos que comprometam o bom funcionamento dos órgãos da justiça em Moçambique”, frisou.
Por sua vez, a presidente da ACN, Esperança Nhangumbe, apoiou a necessidade da classe lutar para erradicar o fenómeno que, segundo ela, viola os princípios éticos dos profissionais e retarda o desenvolvimento económico e social do país.
“Somos todos chamados a contribuir para o combate à corrupção. Por isso, vamos debater temas como o branqueamento de capitais. Neste processo, os conservadores são chamados a denunciar todas as situações consideradas suspeitas, porque só assim podemos contribuir no combate ao fenómeno”, explicou.
De referir que a iniciativa faz parte do Programa de Apoio à Luta Contra a Corrupção em Moçambique que pretende fortalecer as instituições judiciais, associações profissionais de justiça, organizações da sociedade civil e órgãos de comunicação social.
O programa é financiado pela União Europeia e implementado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional e Desenvolvimento (AECID).
Participaram no evento, o embaixador da Espanha, Alberto Cezero; o presidente da Associação moçambicana de Juízes (AMJ), Carlos Mondlane, juristas, membros do governo, entre outros convidados.
(AIM)
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