Nampula (Moçambique), 29 Jun (AIM) – O sector do caju, na província nortenha de Nampula, já produziu 1.3 milhão de mudas das 2.7 milhões previstas no plano do Instituto de Amêndoas de Moçambique (IAM, IP) para o presente ano.
Deste efectivo já foram entregues ao sector produtivo, familiar e comercial, cerca de um milhão de mudas de cajueiros, o que segundo o IAM, em Nampula, representa um desempenho de 70 por cento, se comparado com igual período do ano anterior.
Beneficiaram da distribuição quartéis, igrejas e escolas.
Dados consultados pela AIM referem que na campanha 2021/2022 foram produzidas 2,24 milhões de mudas, um aumento de 8.2 por cento em relação a época anterior.
Na presente campanha, a meta projectada é de 2.7 milhões a serem criadas nos viveiros de Cunle (Ribáuè), Itoculo (Monapo) e Nassuruma (Meconta).
Para lograr atingir estes números, o IAM decidiu inovar e apostar na produção de mudas policlonais, plano já em execução.
O plano anual do governo da província de Nampula prevê comercializar, na presente campanha, 79 mil toneladas de castanha de caju, contra as 82.2 mil da época anterior.
Entretanto, o sector já decidiu que irá submeter a tratamento químico, contra doenças e pragas, 4.1 milhões de cajueiros produtivos e, para tal, conta com a disponibilidade de três mil atomizadores operacionais e 2500 operadores.
Com a introdução deste equipamento, o IAM espera poder prestar assistência a 160.714 produtores desta cultura de rendimento, sendo 152.679 homens.
A par disso investigadores do IAM em Nampula preparam-se para levar a cabo um estudo sobre o rendimento da cultura de caju em alguns distritos como Meconta, Mogovolas e Monapo, onde esta cultura tem forte implantação.
“Com o estudo pretende-se fazer uma avaliação comparativa para identificar o melhor produto ou pacote para o controle de pragas e doenças, verificar que produto se adequa a cada distrito, além de avaliar a sua qualidade”, explicou Emílio Furede, do departamento de investigação.
A castanha de caju é um dos produtos tradicionais de exportação do país e, no último relatório da Balança de Pagamento do Banco de Moçambique, refere-se que as suas receitas situaram-se em 51.7 milhões de dólares norte-americanos, um acréscimo de 21.6 milhões.
Na campanha agrária 2021-2022/, o país produziu cerca de 160 mil toneladas de castanha de caju, sendo que Nampula contribuiu com mais de metade (82.254 toneladas) da produção total.
(AIM)
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